Anos seguidos com a agenda cultural de Lisboa no bolso, curta e grossa, a constatação: por muito pobre que seja a cultura, onde há comes e bebes, há presenças garantidas.
Salas da Sociedade Nacional de Belas-Artes, grátis, quase sempre às moscas?... Claro. Falta-lhes uma borla que se mastigue ou beba, por exemplo.
Entretanto, o que é que estão a fazer parte das escolas? Levam os meninos às exposições que, apesar de tudo, vamos tendo? Duvido. Pela minha parte, salvo erro, só uma vez me recordo de ter visto no Museu Colecção Berardo, em Lisboa, por exemplo, um grupo organizado de alunos - a comer saberes ... Se, ao menos, lhes dessem um brinde qualquer ...
Há por aí, na verdade, no mínimo, falta de comes e bebes ... Ou de música "pica-miolos", por exemplo, que também "é de alimento"... Ou, in extremis, de porta-chaves e coisas assim ...
Razão tinha Natália Correia, que dizia que a poesia é para comer ...
Bem andou, ao que sei, por exemplo, uma vila dos arredores de Lisboa, que, recentemente, decidiu fazer uma exposição de Artes Plásticas de entrada livre paredes-meias com espectáculos de variedades à borla ... Tem que ser! Em Roma sê romano. Bravo!
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