segunda-feira, 4 de agosto de 2014
Ponte pedonal para um sorriso a rever
Aqui há uns meses, "perdido" no emaranhado dos novos acessos interiores da serrana Covilhã, acenei para quem encontrei numa janela a uns cinquenta metros e gritei: vou bem para a passadeeeeira? ... A senhora que me deu olhos e ouvidos respondeu que sim, que ia bem ... E fui.
Entretanto, quando já estava a meio da aérea passagem de peões que provocara a dúvida, apareceu numa varanda das traseiras do prédio onde, pelos modos, morava, quem me ajudara a não errar ... Fiz-lhe um largo adeus, como quem agradece a indicação dada e a mulher, pareceu-me, correspondeu-me com um sorriso nos gestos.
Andei por ali no percurso pretendido, vi a paisagem em redor e ... e, passados uns quinze minutos, voltei para trás. E lá estava a senhora-guia, agora do lado da frente do prédio, donde já não se via a pedonal ponte. Voltei a agradecer-lhe a atenção e ...
- Tenho 97 anos. Venham visitar-me!... (esqueci-me de sublinhar que ia acompanhado da minha mulher).
- Hoje "não pode ser ... Bem-haja!" - gritei, gritámos.
Pareceu-me (-nos) que ficou triste. Se calhar, naquele dia, ainda ninguém lhe tinha perguntado nada ...
Em próxima visita à Covilhã, se a virmos à janela, vamos tentar saber ainda não pensámos o quê, e, se nos reconhecer, subiremos finalmente ao seu terceiro andar com vista para a ponte pedonal que aproxima dois pontos da cidade.
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