Chan Wai Sin, subdirector dos Serviços de Saúde de Macau e director do Centro Hospitalar Conde São Januário (CHCSJ), disse ontem no programa Fórum Macau da Rádio da TDM chinesa que a Universidade de Macau (UM) fará um estudo preliminar sobre a possibilidade de criação de uma Faculdade de Medicina.
O responsável acredita que mais informação virá a ser divulgada mais tarde. “Quanto à criação de uma instituição médica vamos estudar com a UM, por isso, precisamos de mais tempo para que possamos dar mais informações”, disse citado pela TDM.
Chan Wai Sin sublinhou também que a RAEM vai estabelecer uma comissão médica para efeitos de certificação no futuro, e que todos os estudantes de medicina que regressem ao território necessitam de passar por um exame para integrar o sistema local de estágio. No entanto, frisou que é difícil regular o mercado de recursos humanos nesta área, e mesmo países como o Reino Unido e os Estados Unidos encontram dificuldades em intervir através do poder administrativo.
No programa falou também sobre as carências de pessoal médico, adiantando que “actualmente a proporção da população de enfermeiros em Macau é de 3,1 a 3,3 por mil pessoas, enquanto o rácio médio a nível mundial é de 3,3 enfermeiros por mil pessoas”.
Questionado sobre a possibilidade dos estudantes do Interior da China que concluam o curso de enfermagem no território possam ficar a trabalhar no território, Chan Wai Sin afirmou que não é essa a intenção original do programa.
O director admitiu que alguns serviços ou unidades de acção médica apresentam uma procura mais intensa de recursos humanos, mas que isso se deve à grande mobilidade no mercado de trabalho, dando como exemplo o Serviço de Obstetrícia e Ginecologia.
Falou também no tempo de espera. Os dados estatísticos disponíveis indicam que o número médio de consultas foi de 9,4 vezes por residente no ano de 2013, valores considerados elevados atendendo ao facto de serem consultas diferenciadas, sejam externas ou de urgência, e quando comparados com os números das regiões vizinhas e dos países desenvolvidos.
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