Todos as semanas, na Direcção da Administração Militar, o responsável da sala-biblioteca (uma assoalhada, na avenida de Berna, em Lisboa), que raramente lá punha os pés, cismava que, na sua ausência, alguém roubava livros e então obrigava-me, quando aparecia, a fazer com ele inventários gerais ... E a cena era sempre a mesma: chateado, de vez em quando, eu, de propósito, saltava um livro, ao que o "nosso capitão" respondia-me com evidente sobressalto - até lhe ser dito: "afinal, está aqui, meu Capitão" ... E sempre assim.
Resultado: o homem, não me considerando mau cidadão, achava-me péssima rectaguarda enquanto subordinado ...
Fui há minutos (promovido por um caricaturista, meu camarada ...), descobrir um "retrato" dessas "matinées". E aqui o têm para a história do "faz de conta" - encontrado no baú do ridículo ... Do tempo em que a guerra ainda não era ... E Solnado ainda não engendrara a sua ...
Segue-se que, mais tarde fui, na mesma Direcção, "adjunto" de um Tenente-Coronel ("vou metê-lo na ordem ..." - ouvi) que, diariamente, a partir de publicações recebidas, andava de um lado para o outro a ditar-me alterações oficiais ao chamado Mapa da Força, para, caso necessário, enfrentar eventual inimigo ...
E mais não conto. A caricatura (com promoção incluída) que diga o resto.
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