sábado, 6 de dezembro de 2014

Portugal, aluga-se


"Vão-se os anéis, ficam os dedos": Portugal, sem perda de soberania, diz-se, está à venda: não tem capital sonante que sustente a sua criatividade e a sua força de trabalho: os bancos (os de cozinha, não!) estão à venda, o Centro de Dados da Covilhã, tudo indica, vai mudar de dono; o que se come é, em grande parte, negócio estrangeiro, a higiene chega-nos de fora como, desde sempre, os grandes rios. Acabámos com latifundiários e os pequenos proprietários estão afundados em dívidas. E assim vamos, mesmo sem caricatura.

Mal, mal porque nos esquecemos, até ver, pelo menos, que poderíamos "animar" a economia nacional e fortalecer as lusas finanças se pensássemos, com tudo escrito, tudo ponderado, concessionar, salvaguardando a lusa História, nomeadamente, a exploração comercial, por exemplo, dos Jerónimos (banquetes, casamentos, baptizados), a Batalha (idem), o Convento de Cristo, em Tomar (idem e lugar de concentração católica, eventualmente, patrocinada pelo Vaticano), Convento de Mafra (conferências internacionais), Torre de Belém (almoços e jantares de Estado), Terreiro do Paço (apenas o alargamento do conceito actual, fazendo dos imóveis circundantes, hotéis de cinco estrelas), Castelo de S. Jorge, esplanada para jantares de gala).

Ficávamos com os arraiais, com as vistas, a claridade de Lisboa e outras, a língua luso-brasileira /até ao limite do possível) e a Assembleia da República com o indispensável.

O Banco de Portugal mudaria de nome: passaria a ser Sofá de Portugal, com sede no Palácio das Necessidades, e gabinetes para todos os países instalados nas grandes fontes económicas e financeiras existentes no novo, e grande, e moderno, país que passaríamos a ser.

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