Nos acessos à da ruadojardim7, gente amiga da paz entre os homens, faz chegar, com frequência, imagens soltas dessa paz, mas também pequenos filmes de guerra, de destruição, do caos em nome de uma imaginada tranquilidade não se sabe bem quando ... Não sou capaz, ou melhor, não quero, confesso, reproduzir isso aqui ... Cuidadosamente procurados, esses momentos talvez estejam no You Tube, talvez estejam em zonas "recônditas", nas traseiras do JARDIM7, mas interessa pouco tentar trazê-los para este espaço. São planos, são instantes ou eternidades da guerra, por exemplo, na Síria, e vale a pena, para quem valer a pena, depois de imaginar, tentar perceber como é que (e porquê) do edificado, da história do HOMEM inteiro, se fez, e se faz, o caos que é revelado e que não aproveita a ninguém - ainda por cima em nome de valores que pretendem ser do espírito. Não é um homem matar um homem, o que já seria hediondo, é um grupo de homens estar convencido de que, após a destruição do género humano, do aniquilamento de uma enorme maioria, do arrasamento do património edificado ao longo de, por vezes, séculos, é possível criar o que quer que seja SEM MEMÓRIA, a partir de uma abstracção, de um credo - seja ele qual for.
Acabo de ver imagens do antes e depois na Síria, por exemplo, e a pergunta é: para quê? A pergunta primária, quase infantil é: PORQUÊ? Se há um deus, qual é o deus da ideia-motora da destruição do HOMEM?
Há um Messias que cria espaços, produz e reproduz gente - e gente toda a pensar o mesmo? Qual mesmo?... Onde se consegue meter o bem maior da Liberdade? O que é isso do sagrado? Quem pode afirmar o sagrado? Qual sagrado? O criador do Céu e da Terra? Mas ... mas e se houver alguém que ache que o nada é criativo? Quem destrói o existente está a pensar (pensar?) o quê? No quê?... Na Síria, os vídeos que acabo de ver mostram o NADA que sucedeu ao que, talvez de forma imperfeita, se terá chamado TUDO. Mas ...
Gosto de D. Quixote: é uma excelente obra de FICÇÃO. Cervantes a ministro honorário, enquanto criador de S.Sancho. Correndo o risco de ser endeusado numa sociedade dita nova.
E por aqui me fico, com a ficção que tenho, enquanto escudo do mal que oiço e vejo.
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