in PONTO FINAL
"A deputada e presidente do Partido Democrático de Hong Kong foi impedida de passar a fronteira para Macau, uma decisão que, segundo a própria, as autoridades justificaram com motivos de segurança interna.
A dirigente pró-democrata tentou entrar no território juntamente com um grupo de amigos, que não são membros do partido, mas viu recusada a passagem na fronteira. Os amigos, que tal como Emily Lau se deslocavam a Macau em visita de lazer, foram autorizados a passar.
"Há algumas semanas decidimos que viríamos a Macau para umas férias. Marcámos uma noite no Sofitel e fizemos reservas em quatro restaurantes portugueses", contou Emily Lau à agência Lusa, dizendo-se "perplexa" com a decisão das autoridades, tendo em conta que a sua visita não tinha qualquer carácter político.
A deputada apanhou o barco em Hong Kong às 10:15, mas quando chegou a Macau, ao apresentar o passaporte no posto de controlo, foi informada por um agente dos Serviços de Migração que tinha de se dirigir para uma sala.
"[A sala] estava totalmente vazia. Dez minutos depois, um homem veio com um papel para eu assinar, dizendo que, por motivos de segurança, não podia entrar em Macau", descreveu.
Não é a primeira vez que tal acontece à dirigente pró-democrata, mas em todas as situações anteriores, vinha participar em manifestações ou actividades políticas – ambas autorizadas. A situação é inédita num contexto de lazer, salientou.
"Fiquei furiosa. Não consigo perceber porque é que isto aconteceu. Não há individualidades importantes da China Continental [a visitar Macau] nem protestos a acontecer", apontou.
"Pensei que em Macau havia [o princípio] 'Um país, dois sistemas'. Pequim está a dizer a Macau o que fazer, ou então Macau está a duvidar de si próprio", criticou.
A deputada admite que esta atitude por parte das autoridades possa ter que ver com a recente visita do Presidente Xi Jinping e com o movimento Occupy Central, que Emily Lau apoiou.
"Acho que tem que ver com tudo. É muito mau para a imagem de Macau", lamentou.
Em situações passadas, a líder pró-democrata escreveu ao chefe do Executivo de Macau em protesto, sem nunca obter resposta, mas, desta vez, não pretende reagir. "Para quê? Não vai acontecer nada", reconheceu.
Esta não é a primeira vez que membros do Partido Democrático de Hong Kong são impedidos de entrar em Macau.
Em 2012, o conselheiro de bairro Francis Yam deslocou-se a Macau para assistir ao espetáculo "House of the Dancing Water", no City of Dreams, com um grupo de 110 residentes de Tai Po, zona onde trabalha, mas foi informado de que não podia passar a fronteira, com a polícia a alegar, mais uma vez, questões de segurança interna.
Na altura, Yam, entrevistado pelo PONTO FINAL, afirmou que apenas recebeu um documento da polícia dizendo que "havia provas de que estava a tentar entrar em Macau para participar em actividades que poderiam colocar em risco a segurança pública e a ordem na Região Administrativa Especial de Macau".
Nota à margem: se estás desempregado em Portugal e não pensas, ou não te convém pensar, como os chineses, no fundo, querem - não vás, que farão tudo para que nem sequer entres em Macau, onde, para viveres tranquilo, pelo que se sabe, melhor é estares calado ou ser apenas mais um "histórico" do período de transição. Sem ondas ...
Entretanto, anota:
Entretanto, anota:
Citação da responsabilidade da ruadojardim7 - Mao Tsetung, para reflexão a fazer:
"Para onde quer que se desloquem, os nossos camaradas devem estabelecer boas relações com as massas, preocupar-se com elas e ajudá-las a vencer as dificuldades. Devemos unir-nos à grandes massas populares, e, quanto mais numerosas elas forem, melhor."
17 de Outubro de 1945. Obras escolhidas. Tomo IV.
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