"Para a Amnistia Internacional, no seu relatório para os anos 2014/15, a China continuou a restringir e oprimir direitos humanos, tais como a liberdade de expressão e de religião, com recurso a métodos de tortura e outros maus-tratos que "continuaram [a ser] amplamente praticados". O acesso à justiça, refere ainda o relatório, continuou a ser negado a "muitas pessoas". No entanto, o mesmo relatório também assinalou alguns progressos como a alteração às políticas de natalidade (com a possibilidade de um casal ter um segundo filho se ambos forem filhos únicos) ou o facto de algumas condenações a penas capitais terem sido revertidas.
No documento ontem divulgado, a organização internacional enumerou alguns dos acontecimentos que marcaram o ano de 2014 na China.
Campanha anti-corrupção. A Amnistia assinalou que os membros do Partido Comunista considerados suspeitos têm sido detidos no "obscuro sistema de shuanggui (ou 'dupla-designação'), sem acesso a familiares ou assistência jurídica."
Tortura. "A China consolidou sua posição como um dos principais fabricantes e exportadores de uma variedade cada vez maior de equipamentos de tortura, inclusivamente itens sem qualquer função policial legítima tais como cassetetes de electrochoque e algemas com pesos para as pernas", exemplificou a organização.
Liberdade religiosa. Na Região Autónoma Uigur de Xinjiang houve muitas comarcas que colocaram avisos nos seus sites de que os estudantes muçulmanos não poderiam cumprir o Ramadão e "muitos professores distribuíram comidas e doces aos alunos para se certificarem que eles não fariam jejum." Já na província de Zhejiang aconteceu no ano passado uma "campanha de grande escala contra as igrejas" sob o pretexto de "corrigir as estruturas que infringiam as normas de construção". Na prática, as autoridades "demoliram igrejas e retiraram cruzes e crucifixos"
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