terça-feira, 3 de março de 2015

Macau: Pequim discute limitação de fronteiras


by Ponto Final
NPC opens in Beijing

Catarina Mesquita*
"As delegações de Macau à Assembleia Popular Nacional e à Conferência Consultiva Política do Povo Chinês partiram ontem para as reuniões anuais dos órgãos centrais que se realizam em Pequim. Nas próximas semanas, os representantes locais terão em vista a discussão da diversificação económica de Macau, ponto que defendem como fundamental.
O membro da CCPPC, Leonel Alves, referiu em declarações à TDM que “a diversificação económica depende do espaço físico [de Macau]”. “Neste momento não estou a antever a possibilidade de criação de indústrias ou serviços de tamanho suficiente com o actual espaço. Portanto, os novos aterros podem trazer um novo ciclo ao crescimento de Macau”, afirmou.
O deputado diz que a limitação ao número de turistas em Macau será um dos pontos a ser posto em cima da mesa. O representante da região entende que haverá “oportunidade de dialogar sobre questões relativas a Macau e à interconexão com o Continente, questões económicas, culturais, educacionais”. “Talvez o ponto quente seja a vinda do número massivo de turistas do Continente. É óbvio que este assunto vai ser abordado. Não estou a antever nenhuma proposta em concreto mas obviamente que vai ser discutido”, defende.
Leonel Alves discorda da intenção anunciada pelo secretário para os Assuntos Sociais e Cultura, Alexis Tam, de manter as entradas de visitantes da região até um máximo de 31 milhões. “Estabelecer o tecto à partida não me parece que seja uma medida condizente com os meus princípios”, indica o delegado à CCPPC.
Lei Pui Lam, delegado à Assembleia Popular Nacional, está entre aqueles que defendem que, após o funcionamento das fronteiras locais por 24 horas, devem ser adoptadas mais medidas para melhorar o atravessamento dos postos de ligação ao Continente. O responsável defende a “optimização do ambiente de trabalho do pessoal dos postos fronteiriços”.
No que concerne à evolução do regime político, Leonel Alves considera que “é óbvio que possa haver diálogo sobre esta matéria”. “Mas não estou a ver proposta em concreto do grupo de Macau relativamente a esta questão”, assinala.
A reunião anual da CCPPC começa hoje, às 15h. A partir de quinta-feira irão também reunir-se os delegados à Assembleia Popular Nacional."
*com Lou Shuo

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