by Ponto Final |
Sandra Lobo Pimentel
"Os recursos humanos na área dos Transportes e Obras Públicas são poucos, disse ontem aos deputados Raimundo do Rosário, acrescentando a esse problema que “não é fácil" para as pessoas virem trabalhar para a área da sua tutela.
O secretário confessou mesmo já ter endereçado convites sem sucesso, lembrando que são 15 direcções de serviço e que não está autorizado a aumentar o pessoal.
Na apresentação que dirigiu à Assembleia Legislativa ontem, o governante disse que desde a sua tomada de posse “não houve oportunidade de estabilizar a equipa de trabalho”, e que vai, por isso, continuar a proceder às nomeações para os cargos de direcção que ainda se encontram por preencher.
Atestando à seriedade do problema, Raimundo do Rosário chegou a lançar um apelo para que lhe enviem currículos para trabalhar nas áreas que dirige, lembrando aos deputados a dificuldade de captar recursos, tanto dentro, como fora da Administração Pública. Para aliciar alguém do sector privado um dos entraves é a remuneração oferecida, frisou. “Os salários não chegam às 80 mil patacas e são cargos de grande pressão”.
Raimundo do Rosário admitiu ainda que os serviços públicos trabalham muito devagar, partilhando a surpresa de ter aprovado em 2015 uma planta datada de 2013. Outra falha é a falta de conhecimentos quanto aos procedimentos do Governo. O governante deu o exemplo do Gabinete para as Infra-Estruturas de Transportes (GIT), que, quando foi formado, em 2007, os funcionários “não deviam ter ainda 30 anos."
"São muito trabalhadores, mas não sabem os procedimentos do Governo. E nas universidades não se ensinam os procedimentos do Governo de Macau”, assinalou.
Com um universo de pouco mais de três mil funcionários nas 15 direcções de serviços, o secretário chegou a admitir ser difícil realizar o trabalho a que se propõe."
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