Não sei o que é fazer greve, mas sei o que é sofrer uma greve. Breve, permita-se-me que diga que tenho razões para abominar greves, sobretudo, as da TAP, que, para uma Volta ao Mundo, programada para cerca de três meses (1980), com todas as etapas, previa e demoradamente acertadas com as mais diversas embaixadas de Portugal no estrangeiro, me obrigou, para chegar ao meu primeiro destino (GOA), a ir a Madrid, com a necessária antecedência, via caminho de ferro, apanhar o avião que "punha no lugar" todo o plano que, com larga antecipação, tinha sido minuciosamente estudado, em múltiplas conversas com as equipas da Agência Abreu, em Lisboa.
Tratou-se, no caso, de uma greve dos chamados controladores aéreos ( a fim de não sei quê ...) para atrapalhar milhares de pessoas, que, no caso aqui referido, foram ultrapassados pela vontade de não deitar para o lixo horas e horas, meses, de preparação de um trabalho que acabou sem uma única referência positiva à nossa transportadora aérea - a que faltou, no caso também, o nível que volta agora a parecer não ter, deitando por terra os sorrisos de pacote, que, aviões no ar, finge dispensar a quem viaja.
Ganham mal? Coitadinhos ... O que sabemos é que, a avaliar, pelas amostras, se não é, o que parece é que, de vez em quando, no caso, nos sentimos perante situações de abuso de poder, de poder funcional inultrapassável. Pobres os que ficam em terra a cultivar, a distribuir, a enfrentar dificuldades de toda a ordem, sem aviões que os defendam ...
E se a TAP contratasse pilotos gregos para resolver a questão ... Eles que, pelos modos, estão a precisar de ajuda em todos os sectores, sem que ninguém lhes valha ... Emprestávamos-lhes as nossas aeronaves e ... Fica a sugestão.
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