Em antevéspera de eleições em Portugal, por exemplo, que partido votar, se quero:
- Viver e conviver sem medos físicos e/ou psicológicos quando falo ou estou com os outros?
- Coabitar com quem entende que tudo é de todos?
- Falar com quem não foi capaz, ou não conseguiu, por razões económicas ou intelectuais, de se situar, na sociedade, intelectualmente, acima da média de que se fala?
- Dissertar acerca de Lenine, de Salazar, ou da ex-União Soviética?
- Falar da liberdade de expressão, mesmo que isso "me obrigue" a citar eventuais corruptos ou de tal suspeitos?
- Dizer, comentar, o que ando a ler, ou o que leio normalmente?
- Referir os programas que vejo nas televisões sem que me sinta, eventualmente, censurado?
- Escrever sem condicionamentos políticos?
- Dizer mal de tudo, sem justificar o que digo com factos objectivos?
- Votar toda a vida na mesma ideia, ou "mudar de ideias"?
Do acontecido e, salvo erro, já aqui "relatado":
um dia fui a uma reunião na Câmara Municipal de Loures, perto da ruadojardim, donde vos escrevo hoje e, durante mais de uma hora, entre umas dez pessoas, fui o único que se manteve calado o tempo todo. A certa altura, "explodiu" a pergunta do, na aparência, mais à esquerda:
- Porque é que ainda não disse nada até agora?
- SOU O POVO, respondi.
E fez-se um silêncio amarelo na sala. E, sem interrupções, falei ...
E cá volto de novo, agora inquieto com o que por aí se vai dizer, antes de votar ...
Peço desculpa, mas já tenho uma ideia ... que não digo ... para que a liberdade se cumpra. Ao menos, AQUI, que, se há BASES, esta é uma delas: banco de jardim, sem olhar a quem aproveita a sombra.
- Mas quem é que te encomendou o "sermão"? - perguntar-se-á.
- Não digo. Ainda estou a pensar na pergunta em título.
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