Álvaro Cunhal salvou o PCP afastando Vasco Gonçalves,
escreveu Armando Rafael há 10 anos (10-08-2005)
"Quarenta e oito horas depois de o V Governo Provisório ter tomado posse, o PCP reuniu, discretamente, o seu Comité Central (CC) em Alhandra para ouvir Álvaro Cunhal alertar o partido para a forte possibilidade de Vasco Gonçalves poder ter os dias contados como primeiro-ministro.
Foi um discurso proferido a 10 de Agosto de 1975, recheado de improvisos que só viriam a ser integralmente conhecidos anos depois, e que caiu como um balde de água fria para quem não esperava ouvir o secretário-geral do PCP tirar o tapete a uma figura com a qual os comunistas tanto se identificavam.
Ao ponto de lhe terem prometido resistir a todas as ofensivas, garantindo total solidariedade - Força, força, companheiro Vasco, nós seremos a muralha de aço.
Um slogan mobilizador para quem se identificava com a governação e o estilo do Companheiro Vasco, mas que não resistia à análise fria dos dirigentes comunistas que se moviam nos bastidores do Processo Revolucionário em Curso (PREC). Como Álvaro Cunhal, Jaime Serra, Carlos Costa, Octávio Pato ou Carlos Brito.
Todos eles já tinham percebido que os comunistas e, em especial, a esquerda militar que lhes era afecta (gonçalvistas) não tinham, naquele momento, força suficiente para impor os seus pontos de vista, razão pela qual era necessário reformular a estratégia que estava a ser desenvolvida (...)"
E é, foi, o que se sabe ... Mas talvez não deixasse de ser interessante SABER TUDO, mais do que o artigo aqui acima apenas aflorado tenta esclarecer. A mentira ou a eventual meia verdade não é compatível com a DEMOCRACIA PLURALISTA de que toda a gente fala. Atenção ao discursos que por aí devem estar a ser preparados, com ou sem Vascos ... A ruadojardim7 não se "vai meter nisso", mas irá estar atenta ... No mínimo, é, será divertido ...
Faz-se notar que um banco de jardim é a mais pequena assembleia pública (BASES?) que se conhece
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