segunda-feira, 26 de outubro de 2015
Os computadores matam ou desafiam a curiosidade?
Quase todos os dias, os FABEBOOKs, nos mostram imagens, lusas imagens, de lusos locais, que apreciamos, gostamos de ver - mas não vemos... Dir-se-á que não vemos porque, economicamente, não podemos. Acredito e não acredito. Que quem não possa deslocar-se por razões financeiras, ACREDITO. Mas tenho a certeza de que há muito boa gente que o que não quer é levantar o "cú da cadeira", tem meios para o fazer com o mínimo de gastos, mas ... mas tem outra coisa e, essa, grave: é um falso conceito de descanso, que o leva a preferir um qualquer FACEBOOK a dar cabo dos olhos, do que a saborear, sem sofá, as belezas que gosta de adivinhar a partir das imagens que outros fotografaram para seu regalo pessoal - AUTÊNTICO, OBTIDO, GOZADO ao vivo, onde a Natureza as "expôs".
Fertiliza-se o olhar, hoje talvez como nunca, mas através "disto" - e não ao vivo, onde a beleza, sem retoques, acontece e ... e espera que a vejam ... Não raro, ao voltar da esquina do local onde dormimos, se calhar, todos os dias.
No fundo, o que há é PREGUIÇA, COMODISMO, numa sociedade de pantufas - cheia de "facebooks" por todo o lado e, pior, lendo, quando lê, apenas resumos de livros - não LIVROS. Que, em última análise, há até bibliotecas que emprestam ...
Se eu mandasse, para já, "impunha" aos estudantes até ao 12º ano (a todos, independentemente da especialidade em que se integrassem) a leitura de um livro por mês, tão consensual quanto possível - com exigência da respectiva discussão, durante uma hora, em data a fixar, caso a caso.
O computador é uma excelente "ferramenta", É. Mas o que, ao vivo, existe, e é AQUI mera referência, também é fundamental, sob pena de termos, no futuro, uma sociedade de "pitosgas" que sabem muito, nomeadamente, "de paisagem" porque a viram, NESTA COISA ... APENAS. E, ou, gastaram os chamados tempos livres no ... nos bares ... COM OS AMIGOS (?).
"Conhecem" tudo, ou quase - porque "ouviram falar ..." Ou "viram" em lindos e-mails. E ficaram "consolados" ... Não curiosos.
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