* ... que recordo a dois passos deste banco ...
... a partir do meu lugar de jovem escriturário da empresa proprietária do Diário de Notícias, em Lisboa, onde, a certa altura, via, quase diariamente, o escritor afadigado com as viagens que, algum tempo depois, dariam o que hoje constitui o essencial ou, pelo menos, o mais notório na sua obra: livros que relatam lonjuras e maravilhas que os portugueses criaram ou não (que as que os nossos criaram mesmo foram também, tendo como "quartel-general" a empresa proprietária do Diário de Notícias, objectivos centrais de Armando de Aguiar - mais viajante e menos escritor, diziam as más línguas da época).
"Emigrante, homem do jornalismo, mas sobretudo ficcionista, é hoje em dia, ainda, um dos autores com maior obra traduzida em todo o mundo, podendo-se incluir a sua obra na categoria de literatura universal moderna, precursora do neo-realismo, de escrita caracteristicamente identificada com a intervenção social e ideológica.
A exemplo da sua ainda grande actualidade pode referir-se a adaptação ao cinema, com muito sucesso, da obra A Selva.
Ferreira de Castro, um dos maiores vultos de sempre da cultura portuguesa, era um trabalhador incansável, na verdadeira acepção do termo.
Não dispondo ou não querendo utilizar máquina de escrever e ainda a uma enorme distância dos nossos computadores, veja-se a montanha de papel que Ferreira de Castro, laboriosamente, escreveu, para produzir uma das suas mais importantes obras: " As Maravilhas Artísticas do Mundo".
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