"Senta-te à mesa. E escreve. Não tens nada a dizer, mas escreve por disciplina, pela necessidade de te imaginares com o dia cumprido, pela necessidade de te reconheceres a pessoa que nasceu para escrever. Mas não tens nada para escrever. Há, realmente, a nova onda de greves no País, o estado quase "insurreccional" (...) Ser vivo. arrancar ao menos de um cigarro a ilusão de não estar morto. Há, estas horas vãs, no limite de já pensar, não sentir que são vãs. Estupidificar-me sem quase saber já que me estupidifico. Há casos de tipos que vivem em coma indefinidamente, por meios artificiais. Não quero." |
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