O dinheiro, a banca, os interesses financeiros, tudo lido e analisado, são pátria de que não rezam os livros, nem sequer os breviários (de notícias), nomeadamente, por exemplo, os da imprensa de Macau.
Posto que nem toda a gente faz rotina da leitura do que se passa a Oriente, poucos são os do Povo, que saberão que o o trânsito das notas com que se compram melões, nos passa, quase sempre ao lado, isto é, fazendo, por exemplo, do Macau que foi Portugal um Macau novo que se chama Cacau - chinês, apátrida, o que quer que seja menos o que terá sido quando o hino oficial era diverso e na Europa se contavam outras histórias para cristandades com altares sortidos.
Vivemos agora, lá, longe como aqui, à sombra das basílicas bancárias - e assim nos vamos disfarçando nas capelas do dinheiro, com regulares referências a Francisco ou, distraídos, aos milhões que, por exemplo, fazemos transitar pelas representações mais ou menos diplomáticas de Hong Kong e congéneres - que Macau é demasiado pequeno para capital de tanta fé ("em cinco anos, portugueses enviaram 2367 milhões do "venha a nós" para Hong Kong). Temos, pois, fé, uma fé todos os dias renovada. Mas ninguém fala, por exemplo, de um Monsenhor Manuel Teixeira, que Deus dizem ter.
A língua é dinâmica.
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