terça-feira, 23 de março de 2010

Nascer/viver em Moura


Sessenta anos depois, um amigo meu, nascido em Moura, quis rever a casa em que, pela primeira vez, olhara o mundo.

Bateu à porta e, ansioso, ficou à espera. Apareceu-lhe uma senhora que não o conheceu... O meu amigo verbalizou, então ( para ver o que dava...) meia dúzia de palavras, das poucas que, convalescente, lhe haviam "sobrado" da doença que lhas transformara...

De repente, alguém, lá de dentro, de ouvido à escuta, quebrou o silêncio: - é o Álvaro!... É o Álvaro!!!

- Sou!!!

Sessenta anos depois...

2 comentários:

  1. Rosa Brás, escreveu no FACEBOOK: "Sessenta anos é uma eternidade na perspectiva de quem é jovem e sentida como um sopro por quem já os viveu"

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  2. Claro! Mas há, quando há, a memória da amizade, que fixa perfis, vozes - para sempre...

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