quarta-feira, 24 de março de 2010

Situações ... negativas...

Responsável pela regular publicação da revista do Centro de Aprendizagem, era certo e sabido que, sempre que houvesse relatório especial a escrever ou fotografia institucional, chamado, lá estava eu...

Umas tarefas mais conseguidas do que outras, a coisa funcionou, sempre ou quase. Bastas vezes, com  resultados azedados e/ou ampliados pela presidente do conselho de administração que, pressionada pelos "amigos" ou seus superiores noutras instâncias, levava a vida a "desconfortar" quem acabava por, de algum modo, lhe "cobrir a rectaguarda" - no texto e na imagem.

Acontece que, anos passados "neste mundo de sombras", um dia, de manhã, bem cedo, chegou ao Centro um grupo de técnicos angolanos para ver "o espaço" e falar acerca das nacionais preocupações internas da estrutura.

Estou para saber, nem interessa ao caso, se a visita era daquelas que têm  retribuição posterior garantida (no caso, em Angola), o que sei é que, tudo preparado pelos lusos anfitriões, aconteceu à hora prevista...

"Fotógrafo convidado": o signatário deste blogue.

Esforcei-me por fazer o melhor. Pus-me em cima de cadeiras, foquei de frente, de lado, em cima de bancadas, agachei-me... Apanhei a comotiva em grupo, em conversas a dois, de todas as maneiras: os rostos, os gestos, os risos, mãos a assinar, gargalhadas, ares compenetrados, tudo... Em todas as salas.

"Cacei" gente surpreendida com a visita, captei anfitriões e convidados. Não esqueci imposições, penumbras, das fluorescentes e as caras escuras dos angolanos, que constituiam o grosso, difícil, da "massa humana" da comitiva.

Fixei  a assinatura de papéis à luz artificial de algumas salas. Em suma, esforcei-me para fazer o melhor...

Uma coisa era não gostar da senhora presidente que assumia o papel de anfitriã, outra os cuidados que o trabalho impunha...O Dever.

Entretanto,tudo isto, acontece de manhã.

 À tarde, angolanos ausentes, revelação pronta...

Não acreditei: tinha ficado tudo, mas tudo, PRETO.

Foi doloroso. E não foi vingança. Juro! Foi o destino...

Nunca mais, naquele Centro, se ouviu falar em Angola. Não deve ter havido, portanto, retribuição da visita... Não soube mais nada acerca de nada... E a notícia que dei na Revista, prevista para usar e abusar das imagens - ficou escura... Mas teve direito a algumas linhas de cortesia.

Foi assim. Como se mostra na imagem que "ilustra" este "post".

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