quinta-feira, 20 de maio de 2010

De Roma, bué...


 Indisciplinadas, um dia destes, as nuvens vulcânicas goraram a possibilidade de, no dia imediato àquele em que saí de Roma, pedir a Sua Santidade uma boleia para Lisboa, na Sua aeronave, por certo, benzida contra todos os riscos terrenos e celestes.

 Com efeito, poderia ter sido assim. Embora eu não seja, confesso, um devoto praticante como muitos, depois de ter visto, em Portugal, o sorriso discreto e comovido, de Bento XVI, estou convencido de que o Papa, sabendo-me português, não me deixaria em terra, cheio de sono e apetite - por causa de umas, quase satânicas, nuvenzecas...

 Cheguei a Lisboa às três da manhã, quando deveria ter aterrado às sete da tarde do dia anterior, mas cá estou...

Então o que é que te ficou, desta vez, de Roma?, perguntar-se-á (perguntar-se-á?...).

Bué de coisas... Estão num livro que publiquei em ... em 1980, já mencionado em "post" anterior. E é tudo. Roma é eterna.

PS - achei-a, no entanto, agora, ainda mais, indisciplinada, se possível, no trânsito. Mas o Coliseu resiste; os Césares continuam de pedra; o Vaticano, como é óbvio, está para lavar e durar; as Fontes ainda têm água; o Metro insiste em não crescer para, creio, evitar (?) encontros complicados com o passado...As mulheres continuam bem servidas de seios. Leite e queijo não faltam.

O Poder é que parece que está a ter que ser partilhado com Bruxelas... Permanece, entretanto, uma certa, e incurável, rivalidade com Milão, que cheira a suor, dizem. Como, no Brasil, S. Paulo para os cariocas.

 Gostei.

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