quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Flores silvestres

Pouco importa onde nasceu. Com pouco mais de seis anos, o que se sabe é que, ao João, apareceu há dias, inerte, caído na gaiola, o canário, seu companheiro de intermináveis conversas. Cada qual a seu jeito.Intrigou-o aquela morte súbita, sem história.

- E agora?... - interrogou, incrédulo - Como é?...

- É o ciclo da natureza que se cumpre - pretenderam, eruditos, explicar-lhe.

-  ???

- Abres uma cova, aí, no terreno, deitas o pássaro morto lá dentro, tapas com terra e...e esperas... Mais tarde ou mais cedo, hás-de ver, nesse sítio, uma flor amarela, da cor do teu canário...

- Ó tio, posso regá-la todos os dias?

- Podes com certeza.

Sem comentários:

Enviar um comentário