sábado, 22 de janeiro de 2011

Macau - Cada terra com seu uso...

Quando o general Melo Egídio chegou a Macau para assumir as funções de governador, por coincidência (verdade!), eu estava no território para fazer um suplemento acerca do dia-a-dia dos portugueses ali residentes ou de lá naturais. Foi, por isso, inesperadamente, uma oportunidade única para aproximações, as mais diversas, de que, em devido tempo, dei nota no jornal O DIA, se não estou em erro... Ou n'A TARDE, não posso precisar neste ao correr dos dedos a que o computador me obriga... E não é, no caso, importante, para o que quero registar.

O que me traz aqui neste instante é apenas uma eventual curiosidade, ou nem tanto, para os que nunca foram convidados, na China ou "imediações", para um almoço, ou jantar, com mais ou menos cerimónia. Ora, o facto de, no caso, a Macau ter acabado de chegar um novo governador, deu, naturalmente, lugar a um sem número de recepções, almoços e jantares - para os quais, generosamente, digo eu, me lembro de ter sido quase sempre convidado. Até aqui, nada de especial, a não ser a gentileza enorme de que me senti alvo - "por tabela", claro...

No entanto, sabem o que é que, de tudo, para além da solenidade, o que a minha memória "seleccionou"? Quiçá, localmente, uma vulgaridade. Foi isto:

Os chineses, para significarem aos seus convidados quanto lhes é agradável terem-nos na sua mesa, fazem questão de nos dizer quanto ... quanto custou o que estamos a comer... Lembro-me, por exemplo, de num desses jantares, ter ficado ao lado de uma alta personalidade local que (percebio-o mais tarde...) levou o tempo todo a fazer aproximações, até que "rebentou" e disse, prato por prato, o valor material do que estávamos a mastigar...

Foi o que ganhei, para além da cordialidade do general e da sua comitiva, com a chegada a Macau do governador Melo Egídio. E foi muito. E caro, caríssímo! Repetiram-mo.

Fica o registo - que, para a posteridade, nada terá, mas que ... se ninguém o escrever...


Nota de rodapé: não tentem pensar AGORA o mesmo neste Portugal a pataniscas - quando as há... Seria um fiasco.

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