Não consegui, em tempo oportuno, chegar aqui e escrever. Paciência, chego hoje que Portugal ainda é ...
Chego e vou-me a um livro de leitura da Terceira Classe, do então (1958) chamado Ensino Primário e...
"... Filipe II, rei de Espanha, fez-se aclamar rei de Portugal; e durante 60 anos esteve o nosso país sob o domínio de monarcas espanhóis, embora como reino separado da Espanha.
Os Portugueses nunca puderam esquecer o ideal da soberania que tanto sangue lhes tinha custado desde D. Afonso Henriques. Eram, por isso, frequentes os protestos contra o domínio castelhano.
Em 1640 resolveu-se, enfim, colocar no trono um descendente dos reis portugueses, o Duque de Bragança D. João, que vivia no seu palácio em Vila Viçosa. Na manhã do 1º de Dezembro, quarenta fidalgos decididos acorreram ao Terreiro do Paço, em Lisboa, prenderam o governo do rei castelhano e restauraram a independência, aclamando rei o Duque de Bragança, com o título de D. João IV.
(...) Ao feito glorioso do 1 de Dezembro de 1640 tiveram de seguir-se alguns anos de luta, durante os quais o clero, a nobreza e o povo de Portugal, todos unidos ao redor de D. João IV, se sujeitaram aos maiores sacrifícios para assegurarem a obra da Restauração.
Em 1940, comemorou-se o 8º centenário da Independência e o 3º da Restauração de Portugal."
Fim de citação.
Conclusão: seguindo critério idêntico (também por eventuais razões futuras de ordem económica, quem sabe ...) quando o 1 de Dezembro não calhar a um domingo, terem agora que se adiar, ou antecipar as comemorações, melhor será preparar a juventude "habituada" - e bem! - a lembrar o 25 de Abril de 1974, calhe ele em que dia calhar, que, por razões, eventualmente as mesmas, a partir de, por exemplo, 2034, no caso (pode ser outro o critério...) 60 anos depois do 25 de Abril, as novas gerações podem ser forçadas a concordar que a data não é feriado onde estava legislado ser, mas no primeiro dia de descanso seguinte - ou no dia 1 de Maio que, por ser Dia do Trabalhador, "faz ainda mais sentido", argumentar-se-á.
Tenho quase a certeza de que o Dr. Jaime Nogueira Pinto, por exemplo, vai apreciar esta "ousadia futurista" - embora, nem de perto, nem de longe, dela se tenha aproximado numa recente entrevista na RTP2, que ouvi atentamente, numa altura em que estava sem acesso a "esta coisa".
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