segunda-feira, 5 de março de 2012

Ciganos

Sentado no banco de jardim onde, como se sabe, é fácil encontrar-me, apareceu-me há dias uma cigana que me queria ler a sina ... Ficámos à conversa. E, no meio da vida que rebentava por todo o lado, apesar da falta de chuva não favorecer o ambiente, falámos da ... da morte ... Do que é a morte para ... para os ciganos.

E aqui me têm, sem pretensões académicas a ... a repetir o que se sabe e ... mas a imagem (essa, sim, inédita) de algum modo, documenta.

"Os mortos para os ciganos continuam vivos, estão investidos de todo o poder para vir ajudá-los em todas as circunstâncias. As pessoas morrem para velar pelos seus que ficaram na terra. É morto-vivo (mulô)."
Se perguntados, não sei o que diriam,
mas, em pleno cemitério do Lumiar, em Lisboa,
 ali, naquele fim de manhã,
 o ambiente, diria, era de confraternização ...
Gavetão funerário aberto,
conversava-se, comia-se, bebia-se ...
E era só isto que tinha agora para vos "dizer".
Eu que também aqui converso - com uma diferença:
não sei com quem ...

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