Hoje, especialmente hoje, minha Mãe, porque amanhã quero que tudo renasça como tu sempre quiseste que em mim fosse.
M.A.
Quando me chamam, vou logo,
E não reajo. Disfarço.
E a cada ultrage, renasço
com as artérias em fogo.
Não falo do meu espanto.
Quando recuso, não digo.
(Conservo as vozes comigo
a elaborar o meu canto.)
E com maneiras discretas,
vou criando o movimento
que hei-de entregar, a seu tempo,
às minhas asas quietas.
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