Em Portugal, na Europa, o actual, em que o desemprego é chaga e a fome ou espreita, ou está instalada.
Em Portugal, o do 25 de Abril das perseguições (sim, também das perseguições!...), com o extravasar de ódios acumulados.
Na Europa, no Mundo, a guerra de 1945/1949, de que, menino, recordo as filas para comprar pão e as dificuldades económicas em casa (meu pai, por exemplo, a trabalhar três dias por semana).
De facto, se analisarmos a História, ou se morre cedo e se "escapa", ou é fatal "calhar-nos" uma qualquer convulsão - sempre para que passemos a viver melhor.
Quando, nos anos quarenta do século passado, menino, disse a minha mãe, sentido-a em dificuldade, que me desse "um bife com batatas fritas e um ovo, que também era de alimento ...", ignorei que a hesitação de minha mãe era outra, mais profunda, eventualmente parecida com aquela que, hoje, sisuda, nos bate à porta - por vezes já sem pão.
Vale a pena chorar. Não resolve, mas alivia e recarrega forças.
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