Sagres, "Talent de bien faire", para festejar o Portugal Grande que fomos - e, se fomos, no caso, somos, porque revelámos primeiro. Temos, do feito, a medalha de ouro da aventura em que acreditámos.
Mais do que conquistas, honra-nos a Descoberta, que, por ter sido, quase ninguém fala nela. "É passado, meu filho!", há, pejorativamente, quem diga, como se a escola não lhe tivesse explicado nada...
Sagres pode escrever nas pedras: "a partir daqui, fomos e chegámos antes, por exemplo, do... do Mercado Comum ..." E dada a entender a coisa assim, pelo menos, os mal informados, que só conheçam euros e dólares, hão-de pensar duas vezes.
É claro que, depois disso, já nos aliciaram a vender tudo o que nos falava de mar, e fomos na conversa, mas isso ... isso não levou Sagres. Sagres está no Algarve, de pedra e cal, e nem o mar consegue mais do que dar-lhe banho todos os dias, para que, lavada, se mostre a quem chega. As más línguas já sussurraram que uma tal Isabel Santos, por exemplo, a quis comprar, mas as águas do Atlântico revoltaram-se e disseram não: "a História é para se viver sem alienações", ter-se-á ouvido.
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