quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Reportagem secreta de uma campanha autárquica
Não imaginam o que um homem, como que recém-chegado de outro planeta, goza com as eleições autárquicas que, anónimo e invisível, decidiu acompanhar, algures numa pequena localidade do nacional Interior. Desde logo, o país onde "a coisa" acontece é Portugal e Portugal (ignora-se como é que a coisa se passa noutros países, mas deve ser parecido, porque o Criador só criou um Homem ...), Portugal é, na hora da verdade, abreviemos, um pouco saloio: julga que os outros o não estão a radiografar e que pode dizer num ajuntamento o que não disse na tendinha do Zé, ou em qualquer outro lugar público ... Depois esquece-se também que, se não tiver no passado nada de generoso em relação ao seu semelhante e confiar apenas no som dos carros, pode estar a correr um risco desastroso... É que, nem de propósito, por acaso, a chamada caravana terá um dia passado à porta da Dona, da Senhora Dona Fulana de Tal, casada com o Ilustre Senhor Fulano de Tal, em tal gritaria ... que houve quem tivesse, com dor de ouvidos, que ser assistido pelo carro-vassoura da passeata ...Ou qualquer outra coisa , que tudo é bom pretexto para a má-língua...
E concluo em tempo útil: nos berros tudo se consome. Tudo, não é bem assim, que houve quem, numa altura em que nada era preciso mostrar e tudo se tentava fazer com anónimo benefício, andasse pela rua, às vezes quase sozinho, a conversar - sem eleições autárquicas à vista ... Sabendo, embora que, atrás de uma ou outra árvore, poderia estar gente de má-fé à coca ...
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