sábado, 21 de dezembro de 2013

Todos os anos era assim ...

Todos os anos era assim: por esta altura, de Macau, onde nos conhecemos, o carteiro trazia-me, do mais fundo que havia em Adé, o Poeta e Amigo, um poema cheio do perfume português que lhe enchia o espaço físico em que trabalhava, rodeado de livros nas línguas que por lá se falavam. Até que, nos últimos 20 anos, ou o carteiro se tem esquecido ou algo indesejável se passou, que a morte não é coisa que afronte os poetas ... A prova é que tenho aqui (não se lhe percebe bem a data ...) um cartão seu a desejar-me Feliz Natal ... Vou reproduzi-lo para que ninguém duvide da Nossa Amizade.

Entretanto,

querido Adé, continua em paz e, se não nos virmos antes, lá espero estar quando, no Parque dos Poetas, usares da palavra na qualidade de último jardineiro da nossa Língua Comum no outro lado do mundo.

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