A gente lê e volta a ler. Sublinha - uma vez, duas vezes, todas as vezes que lê. E não aprende. Mas acredita que no dia seguinte vai ser melhor."Deve ter sido um problema de falta de lentes ou de concentração...", tenta divertir-se.Ou fingir que se diverte, mas insiste, muda, inclusivé, de autor do assunto que estava a ler, mas acaba por encontrar as mesmas ideias em palavras diferentes.
Sai. Mas no autocarro lá estão as pessoas com as ideias que estavam no livro relido.As limitações, afinal, pensa, estão nas pessoas - que são limitadas... E, quando não são, são geniais - ouve-se. Então só as pessoas geniais é que são felizes? NÃO! As felizes são as que não sabem nada. O analfabetismo é o ponto alto da felicidade. Não estar é melhor do que não ser. SER é chato, é complicado, tem polícia, tem exércitos, tem sindicatos.
Então, mas os cheiros? A brisa que corre? O sorriso? A gargalhada? O calor dos corpos? O "viste que foste capaz"?
Sim! A vida é um exercício, uma espécie de jogos olímpicos de tudo. Que, como requer preparação, exige presença. Burros que tenhamos que ser à espera de conseguir comer a cenoura que nos penduraram, mal nascemos, na ponta do varal entre orelhas, por cima do couro cabeludo ...
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