quinta-feira, 1 de maio de 2014
Dia do Trabalhador
O que aqui faço não é trabalho. Portanto, vou fazer... Sim, porque sou muito, quase sempre fui, muito respeitador das leis. Tanto assim que quando, "quase menino", entrei para o Diário de Notícias, em pleno luso "antigamente", também não trabalhava no dia 1 de Maio, a pretexto de, dizia-se para disfarçar, ser o DIA DA IMPRENSA.
Depois, chegou o 25 de Abril e veio não o dia 1 de Maio, mas o 1º de Maio, e, do mesmo passo que se quebrou o "segredo", passou a andar toda a gente na rua - a festejar O TRABALHO, isto é uma certa liberdade de não trabalhar. E ficámos todos iguais. O que, egoísmos à parte, é bom. No mínimo, aproveitam os que não vão às manifs, para descansar do trabalho que o trabalho lhes deu. Enquanto outros festejam as razões que estiveram na origem do intervalo ...
É claro que, na prática, as coisas nunca são como se proclamam, mas isso é outra coisa ... E basta de conversa (mesmo aqui, dá trabalho): descanse em paz quem não tiver outro remédio, grite quem tiver que gritar, diga coisas em voz alta quem assim se sentir útil, lembre quem tiver que ou gostar de lembrar - mas não chateie quem, a pretexto da liberdade alcançada, às vezes, dá mostras de não saber fazer nada que não seja protestar. Encomendado, ou não, para isso. Vamos lá saber por quem.
Assino por baixo: se não estiver de acordo com o que quer que seja, todos os dias são 1º de Maio. Todos os dias são Dias do Trabalhador. Isto é, DE TRABALHO. E de greve, se necessária à saúde do trabalho.
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