"Tira o dedo do croquete ..." |
Salazar era Salazar. Caetano foi Caetano. Silêncio!
Hoje, não: hoje, valha-nos isso, pelo menos o essencial, vai-se sabendo e, se não é tão chocante como nos tempos da PIDE, diz-nos que somos esses, iguaizinhos aos do tempo salazarista. Embora ...
Sejamos claros:
temos um ex-Primeiro Ministro na cadeia,
temos um ex-deputado em prisão domiciliária, etc
e, para que "a coisa" não se fique pelos políticos, temos agora também, com a maior naturalidade, um treinador de futebol (de discurso difícil), por exemplo, que, para enriquecer de um dia para o outro, não tem dúvidas em trocar o clube onde se fez campeão, e foi ajudado a ser "figura pública", a deixar-se "comprar" pelo respectivo rival - porque aí vai ter possibilidade de ganhar uma pequena fortuna todos os meses...
Zero para questões de carácter, zero educação cívica, zero vergonha. Quero vê-lo no Estádio da Luz quando for o próximo Benfica-Sporting como é que vai o ambiente recebê-lo ... À margem, sugiro, desde já, às autoridades que, a bem de toda a gente, reforcem a segurança ao banco ... ao banco onde, treinador do Sporting, ex do Benfica, se vai sentar Jorge de Jesus, o técnico que, conscientemente, se deixou comprar, elegendo o lado material e deitando fora o que terão sido as boas palavras recebidas, os aplausos dos últimos anos, os êxitos alcançados ... Podem até, no meio dos triunfos, ter havido "arrufos" no balneário benfiquista que o Zé não conheça, mas ... Mas quem faz a opção agora em causa, se alguma razão possa ter tido (?), aos olhos de milhares e milhares de concidãos seus, perdeu-a e ... e vendeu-se ... Deixou-se comprar.
Tenho, entretanto, quase a certeza de que lhe acabará por ser, quiçá, oferecida a maior assobiadela de sempre na primeira vez que se sentar no banco do Estádio da Luz. E será bem feito. Espera-se que seja logo no início da próxima temporada.
Nada contra a liberdade de escolha, claro. O problema é outro e tem a ver com valores ainda mais altos ... Que o cidadão Jorge de Jesus, pelos modos, não terá respeitado, por falta de ... Nem sei ...
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