Caras/caros (Companheiras/Companheiros,
abolida que parece estar no vocabulário, e na prática, a palavra CAMARADA, sejamos francos: estou a ficar baralhado, sobretudo, com a notícia que diz estar a economia CHINESA (oficialmente, comunista, ao que se lia por aí ...) com as mesmas dificuldades que as dos países declaradamente capitalistas.
Por exemplo, recebi, esta manhã, notícias de Macau (ex-capitalista) a dizerem que, por lá, do ponto de vista do capital, as coisas estão a piorar ... É horrível ler isto, como, aliás, já tinha lido há dias também, a respeito dos amigos da NATA, perdão, da NATO.
Realmente, sinto que, por razões que a minha lusa formação doméstica não atinge, a imagem que s'me está a impor é a seguinte:
Lenine de braço dado com o Tio Sam; Mao Tsé-Tung a jantar com Salazar; NATO sem nata; Pacto de Varsóvia a chamar-se Acordo de Pacóvia e coisas, diria (ditas) sem sentido, até este, quase súbito, casamento de misérias em que o mundo passou a viver ou a dizer que vive.
Há, imagine-se, quem fale em economias abertas, tendo-as como inevitáveis, mas quem vive dos parcos rendimentos, aqui no banco, está em pânico com receio de que, de repente, fiquemos, realmente, todos iguais e, cada um à sua maneira, na prática, (re)capitalistas até às costuras - acabando com os grandes e profundos temas principais das conversas no jardim, por exemplo. O mundo está difícil. Releiam-se, também por exemplo, as notícias que hoje copiei de um jornal de Macau ... E digam-me depois.
Há uma coisa que eu sei e me é particularmente agradável: tendo notado algum afastamento de certos ouvintes/leitores/interlocutores do que, aqui, se tenta repercutir, parece chegado o momento de fazer chegar, Urbi et Orbi, uma "máxima" (salazarenta?) que sugeria OS QUE PODEM AOS QUE PRECISAM aplicável a quantos deixaram de me honrar com a sua assídua presença.
São poucos - mas, em nome dos novos tempos, quero-os, desejo-os a todos - como os chineses agora passaram a gostar de Nova Iorque e Londres e os do Fidel desataram a beijar os do Obama.
A sensação que fica é a de que AGORA, com ou sem o Papa Francisco, a frente é outra, a estratégia é outra: evitar os que estão para lá do arame farpado e que dizem ter fome ... É a vida - que "é feita de mudança..." e ... e f.p. - como nenhum livro dito sagrado explicita.Nem o de MAO, de que tanto se chegou a falar.
Pedem-nos para eleger ... Eleger quem?... O quê?...
Sem comentários:
Enviar um comentário