sábado, 1 de agosto de 2015

Portugal no lixo

Não foi aqui que vi as estátuas, foi mesmo, no LIXO, em posição horizontal ...
Nos subúrbios de Bissau, "se bem me lembro".


"...Os trabalhos de recuperação do antigo forte colonial foram desenvolvidos de Janeiro a Março de 2004, com recursos da ordem de cem mil Euros, disponibilizados pela União das Cidades Capitais de Língua Oficial Portuguesa (UCCLA). Visando assegurar a sua utilização como área de lazer e cultura, além de promoção do turismo, foram promovidas a reurbanização de seu interior, onde foram instalados diversos equipamentos de lazer e recolocadas as estátuas dos navegadores portugueses Gonçalves Zarco e Nuno Tristão, os primeiros europeus a atingir as costas da Guiné, no século XV (...)" in Wikipédia

A propósito, breve apontamento pessoal: já depois da independência da Guiné-Bissau, recordo a ida, quase clandestina, por amabilidade, num jeep da embaixada de Portugal, ver no lixo, NO LIXO, as estátuas dos portugueses a que se refere a acima citada Wikipédia. Lembro a profunda emoção então sentida, entretanto, pelos modos, agora já sem razão de ser... Mas se isto é apenas um apontamento, a palavra LIXO deixa aqui, para quem quiser ler, um sentimento ... E é esse que se regista, como que em rodapé de uma situação humilhante - para um povo (português) que, no fim de contas, não terá feito tudo mal, como, por razões discutíveis, às vezes, ainda é referido. Sobretudo, quando o "necessário" é, entre nós, parecer melhor do que o vizinho e ganhar votos ... Ou, pura e simplesmente, dizer mal - para ser "contemporâneo" ...


Um desejo, apesar de tudo: que a Guiné-Bissau consiga viver hoje sem as "facilidades" de, por exemplo, uma Angola, também descolonizada,  mas nem sempre LIMPA, dizem. E revelando tendências mais monárquicas do que republicanas.

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