Aproximou-se da mesa onde, em Viseu, eu tomava um refresco. Vinha numa cadeira de rodas, disse chamar-se MARCO AURÉLIO DA SILVA ALMEIDA (35 anos), tinha sido tóxico-dependente ("os teus melhores amigos, mesmo sem quererem, poderão vir a ser os teus piores inimigos"), e afirmou-se interessado na divulgação pública do seu caso.
"Justifica" a necessidade da cadeira de rodas por lhe ter amputada uma perna, "saturada" pelo uso das seringas com que se "picou", durante anos - disse.
Manteve um diálogo sereno, pelo menos, na aparência, com o signatário deste blogue, de que lhe foi dado, a pedido, o presente endereço. Tem 35 anos, disse, aceitou o café, que bebemos juntos, pediu o nome completo deste "blogue" e espero estar a "vê-lo" de um local onde se sinta minimamente feliz, na esperança de que alguém o acredite e o não afaste.
De que vive? Não percebi. Talvez do que lhe dão os que não lhe falam, nem lhe oferecem um café.
Caro Marco Aurélio, se estás por aí, não sei como, se abandonaste de vez o que te mutilou, ao que afirmas, aproxima-te de quem te oiça e te dê um trabalho compatível com a tua desenvoltura de braços e consigas convencer PELA ACÇÃO de que nunca mais queres ser drogado. Nem veículo de droga alheia.
Se quiseres comentar o que aqui escrevo acerca do nosso encontro ocasional numa esplanada de Viseu, este é HOJE um lugar para isso - mas obrigas-te a começar por reafirmar a tua contínua procura séria de um caminho que não passe pela droga que, ao que dizes, já te levou uma perna ... Por nós, por mim, que estou a descrever o que te ouvi a quem aqui se senta. Mas acreditar tem um "preço".Não voltarei a este assunto. Creio, até prova em contrário, que és o MARCO AURÉLIO DA SILVA ALMEIDA, que conheci em Viseu. Ontem. E é rigorosamente TUDO.
Se o que te faltava era uma palavra, ela aqui fica. Mas não tenho mais. Haja o que houver. |
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