sexta-feira, 25 de setembro de 2015

VISeu, VIStu - viste tu, primeiro que eu ... Diário de VISEU (1) *

* Estive lá ontem, em Viseu, mas do muito que tentei fixar em imagem, nada melhor, para começar, como dar a palavra a Mestre Aquilino, feito estátua, sim, mas eloquente num dos livros que escreveu/deixou ...



- Sim, meu caro, "nada do que eu tinha de bom se estragou aqui. A cidade não é preservadora, nem desafia o homem para o jogo das ambições e da aventura. Também o ideal carece aqui de rampas de lançamento para aquelas altitudes em que é fácil perder-se a tramontana. Tão pouco melhorou nesta terra sensivelmente a minha personalidade. Quando me fui embora, tive ocasião de notar que a insignificante fora o desbaste que sofreu em mim o bisonho ou a minha idiossincracia de serrano. Todavia, o Viseense é um senhor polido, curial e comunicativo. Que trazia eu dentro de mim, que não me deixava empregnar das virtudes e ruindades do meio? Ainda não caíra suficiente água mole na minha compleição de pedra dura que fosse susceptível de alterá-la. No meu transcurso por Viseu a crónica ficou em claro."



































































































- Pois, meu Caro Aquilino Ribeiro, seja como seja, Viseu, que revisitei agora, encheu-me de Portugal de proximidade, repleto de lusa história por todo o lado, não diria cidade-museu, mas museu interior, discreto, de muito do melhor que é luso património que nos revela - dentro e fora dos museus e/ou palácios. Trouxe, para vos mostrar. Faltam-lhe (ou não?...) as linhas do combóio que lhe passa distante, mas, se calhar, é por isso que Viseu, interior do interior, tem a saúde não poluída que se lhe observa no meio daquela verdura que vai de Nelas até os múltiplos espaços para gente que se lhe vêem.

Aproxime-mo-nos - a partir da lusa salada de imagens que aí fica - para juntar à que acima se mostra já, na companhia de Mestre Aquilino.


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