terça-feira, 26 de abril de 2016

Da Aldeia do Souto (Covilhã) para contar aqui (2)





"Já foi o homem mais rico do mundo. Um dia, com a avareza, disse que nem que Deus quisesse, nunca o punha pobre, porque ele tinha muitos barcos e navios e os barcos e navios começaram a afundar-se e ficou o homem mais pobre do mundo. Depois perdeu os amigos.

Um dia, passaram  lá próximo dele dois amigos  que foram-no visitar e ele, a chorar, disse-lhes que não tinha nada para lhes dar. Tirou uma telha que tinha no bolso, era com que ele se coçava da lepra e deu um bocadinho a um amigo e depois foram embora e um amigo quando já ia lá longe meteu a mão no bolso para deitar a telha fora e quando ia a deitá-la fora a telha transformou-se numa peça em ouro. O outro amigo voltou lá novamente a visitá-lo e Jó deu também um bocado da telha com que ele se coçava e foi-se embora.

Logo a seguir, meteu a mão no bolso e se telha lhe deu, telha ficou."

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