terça-feira, 7 de junho de 2016

Viva Bordalo!


Charlot, por favor, regressa: dizem-nos um número de telefone e a gente anota (anota para ligar da rua, de casa, do emprego, de toda a parte para toda a parte...), mas esquece-se que:

do outro lado da linha pode não estar ninguém, isto é, pode estar uma máquina em vez de uma pessoa (se quiser tratar do assunto A, marque 1; se quiser tratar do assunto B, marque 2; se quiser tratar do assunto C, marque 3; se quiser tratar do assunto... do assunto Z, marque 33 ...) e você que cumpriu à risca o que a máquina tinha para lhe "dizer" e que tem mais que fazer do que perder tempo com pormenores, a certa altura, salta-lhe a tampa e, antes de mandar tudo à m ..., assaltam-no saudades do tempo das carruagens puxadas por duas bestas, propriamente ditas, que cagavam os caminhos, mas tinham uma encantadora, elegante presença na paisagem. 

Resta-lhe uma solução: vir para aqui e mandar os empatocratas p'ra onde lhe apetecer no momento exacto e encher o espaço de alhos e bugalhos, com o velho Bordalo no horizonte.

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