Senhor Dr. Passos Coelho
Meia dúzia de palavras de quem, enquanto cidadão, o "tem poupado" a grandes reparos. Mas vamos ao prático:
eu não sei o que é que o senhor tem decretado a propósito das chamadas "grandes fortunas";
eu não sei o que é o senhor tem feito de novo para pôr os que podem a contribuir para os que mais precisam (que é um discurso antigo, como sabe ...);
eu não sei em que nível se encontra a sua conta bancária e dos seus pares na gestão pública, mas o que sei é que, em particular, no domínio da saúde, alguém, por certo, em seu nome, tem, por exemplo, mandado diminuir os meios auxiliares de diagnóstico até ao nível do "elevado risco"...
Banal, pelos modos, começa a ser perceber na sua "gestão" a coisa mais fácil de todas, a que não obriga a muitas contas: CORTAR, CORTAR, CORTAR.
Claro que isto não quer dizer saudades de Sócrates. NÃO! Nem de Vasco Gonçalves. NÃO! Nem de Salazar. NÃO! Mas talvez queira dizer saudades, por exemplo, de um Presidente Manuel de Arriaga (de um Presidente Eanes, porque não?!...).
Cumprimentos.
Manuel Arriaga
"Ser Presidente naquela altura não era cargo invejável nem particularmente prestigiado, pois Manuel de Arriaga teve de mudar para uma casa maior, um palacete na Horta Seca, e teve de pagar o mobiliário do seu bolso. E mais curioso ainda pagava renda de casa. Não lhe era dado dinheiro para transportes, não tinha secretário, nem protocolo e nem sequer Conselho de Estado. Foi aconselhado a comprar um automóvel para as deslocações, mas teve de o pagar também do seu bolso. Na falta de um secretário, Arriaga vai chamar um dos filhos para essa função ..."
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