Eram seis horas da tarde e a porta da delegação da Caixa Geral de Depósitos (em lugar isolado) estava fechada e só abria com a passagem da respectiva caderneta ou cartão por ranhura própria.
A rapariga só tinha caderneta e pediu-me para lhe abrir a porta com o meu Multibanco, acabado de usar mesmo ao lado, em caixa própria. Recusei. Recusei e fiquei muito triste, mesmo muito triste. Pedi desculpa, mas ainda estou a pensar no que dizem os inúmeros "mails" que recebo, e agradeço, com alertas, os mais diversos ...
Filho da puta este tempo que vivemos!... Coitada da moça, que, se calhar, é pessoa de bem.
"Ó pai, perguntou-me um dia minha filha, como é que posso distinguir um gatuno de uma pessoa que o não seja?..."
Continuo a não saber. O que sei é que um dia, em serviço, tive que ir à Cadeia Central de Lisboa e pedi ao seu director para dar uma olhadela à Aula de Informática. "Com certeza!" Fui apresentado ao respectivo monitor, bem falante, impecavelmente engravatado - que era um dos presos ... De que me despedi com um "prazer em conhecê-lo!..."
Nota de rodapé: acabo de receber um "mail" amigo que alerta para a existência
de larápios que se fazem passar por fiscais das Finanças para avaliação de imóveis...
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