quarta-feira, 6 de junho de 2012

E se ficássemos à espera do Sebastião?...

Comum, comum é sempre, ou quase sempre, digo eu, a INVEJA. Já passaram vários anos, já se pode contar -  pode valer a pena.

Como é que foi organizada a iniciativa, com base em que raciocínios lógicos foi cuidadosamente estruturado o livro, o conteúdo do meu livro

ENTRE VISTAS NOS ARREDORES DAS MONTANHAS AZUIS

na longinqua Austrália?
















Em rigor, seriam precisos anos, vários anos, para alcançar um resultado eventualmente semelhante ao obtido em tempo, escasso e oportuno, já se vai saber como:

1. Em primeiro lugar, o objectivo era, por amostragem, dar voz aos portugueses residentes naquele país distante - coisa que estava por fazer ...

2. Como fazer? Apoiado nos conhecimentos oficiais e pessoais dos quadros do Consulado Geral de Portugal em Sidney (principal grande zona de residentes portugueses na Austrália), conseguir os nomes dos nossos mais destacados compatriotas em profissões abrangentes.

 Um médico cujos clientes fossem, sobretudo, portugueses, e que, ao ser entrevistado, pudesse falar, sem quebrar nenhum sigilo particular, das mazelas mais "clássicas" dos seus doentes falantes na lusa língua comum.

Um advogado português, bem colocado no seio da comunidade, idem, aspas.

Um(a) assistente social, ou vários/as, como foi o caso, a mesma coisa.

Um motorista sabe a vida de toda a gente ... Sem falar de ninguém em especial.

Um dirigente desportivo de uma associação portuguesa que conhecesse bem os seus associados.

Um barbeiro cuja clientela fosse, maioritariamente portuguesa, "sabe tudo", sem personalizar, acerca de todos ...

O mais velho sabe genericamente de tudo e de todos ... É preciso é pô-lo à vontade a dizer coisas ...

Um cônsul antigo no país tem obrigação de saber muita coisa com interesse.

Um padre, sem trair o confessionário, pode falar da(s) comunidade(s) de que é pastor.

Um director, ou redactor, de um ou mais jornais portugueses, tem obrigação de saber o que, ao longo de anos, às vezes, se deu conta.

Um radialista português em funções ...

O português proprietário de uma agência de viagens portuguesa, sabe mais do que eu lhe ensinei ... 

Uma professora de português idem, aspas ...

Um cidadão que seja o mais velho de uma comunidade e que esteja lúcido ... a mesma coisa.

Um português colocado nas estruturas sociais oficiais do país, sabe falar delas e da sua importância.

Uma bolseira universitária com certo traquejo, fala pelos cotovelos do que sabe ...

Embora ... embora, na altura, apesar da luz verde de Lisboa, o cônsul-geral de Portugal, um pouco numa linha que se conhece, mas se abomina, não sei se para travar uma ideia de que não era autor, se para "se fazer caro", recebeu, entretanto (lá, na hora da execução) a ideia (de que Lisboa já teria falado) com esta outra ideia: "um projecto desses devia ser financiado para poder constituir uma investigação profunda que está por fazer e que se impunha ..."

- Sim, mas, senhor Cônsul, não havendo dinheiro para levar por diante essa sua ideia mobilizadora, "quase gigantesca", é "só" isto que é proposto fazer-se ... agora. Assim ...

Deu a entender que não concordava. O signatário esteve para, logo ali, fazer um gesto popular à demolidora reacção ao aprovado em Lisboa, mas conteve-se, e, passados dias, acabou convidado por Sua Excelência para um almoço e ... e o trabalho concretizou-se - sem que outro, o OUTRO insinuado pelo senhor Cônsul tenha, entretanto, surgido a partir dos cofres do Estado, por exemplo.

Talvez seja interessante sublinhar que o livro finalmente orientado e produzido pelo signatário,ainda é o único que se conhece a propósito dos nossos naquele parte do mundo. E é obra de muita gente. Colaborante e generosa.

Recorda-se isto para quê? Não para enaltecer o que já teve o seu eventual tempo de glória, mas para dizer que é com gestos pretensamente construtivos como o do, então, Cônsul-Geral de Portugal em Sidney, que nada se faz nunca - sempre à espera da tal solução óptima, que há-de surgir, quiçá, "numa manhã de nevoeiro..." E Portugal (o Fado é nosso ...), esse, bastas vezes, patina ... Quando podia andar. E assim está, como se vê. Por várias razões, mas também por uma espécie de nacional inveja ... lateral.

Mal lembrado, quiçá, este blogue, por exemplo, desculpem, poderia ser outro, se não fosse feito no jardim, mas ... mas já vai em dezenas de milhar de visitantes ... Dizem os do Google que até inventaram, ou se associaram, ao exagero do gosto ... No FACEBOOK.
 

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