segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Charlot em Santo António dos Cavaleiros - Serviço de Saúde

O número de telefone vem na lista, penso. Certo é que o paciente, à força d'ele precisar, decora-o ou anota-o em local bem visível das suas intimidades caseiras - para qualquer emergência. No caso, ligado a questões de SAÚDE.

Mas a PT (o seu gabinete técnico de apoio ao cliente?), tentando primar pela eficácia, estuda o assunto, esquece-se de qualquer eventual ridículo retratado nos Tempos Modernos, de Charlot, e "implementa" (numa espécie de rodízio...) para tentar facilitar o atendimento:

"- Para ligar p'ra assuntos médicos, marque 1"

"- Para ligar p'ra a enfermagem, marque 2"

"- Para ligar p'ra a macrobiótica, marque 3"

"- Para ligar p'ra as ligaduras, marque 4"

"- Para ligar p'ró vigilante, marque 5..."

e assim por diante ...

SEM NINGUÉM ATENDER, até ao momento em que VOLTA TUDO AO PRINCÍPIO ...

e ao princípio ...

e ao princípio ...

e ao princípio ...

sem que os porras saídos da boca do potencial paciente CONSIGA FALAR com o/a interlocutor/a desejado/a.

Até que alguém se lembra do Charlot e de um eventual truque PT para amealhar chamadas.

Assim é, pelo menos (não sabemos se a título experimental) que se recriam os Tempos Modernos, tentando fazer deles o COFRE da repetição (?) - que pode render para a empresa dona do truque, mas torna-a dona, não de um normal posto médico generalista, mas, a prazo, de uma clínica de psiquiatria.

E, já agora, vale a repetição - no FACEBOOK, que é logo tudo de uma vez, sobretudo se houver quem multiplique o truque do novo mealheiro ... Ou da nova provocação pública a fingir-se defensora dos trabalhadores (no caso, atendedores).

Estatísticas (viva Cambronne!)



Não, obviamente, a propósito do contemporâneo ou antigo luso tempo, mas "só para se saber" e tentar perceber, bom seria esboçar uma estatística, sucinta e clara, que nos dissesse a todos os seguinte:

1. O montante global das dívidas do Zé nos últimos dez anos do Estado Novo.

2. Idem dos últimos dez anos de lusa democracia do pós-25/4.

Para, finalmente, procurar concluir que USO (do ponto de vista económico e financeiro) fizemos da liberdade conquistada.

Sem tibiezas, a ideia que, entretanto, tenho é a de que, se aldrabões éramos, mentirosos, mal-governados continuamos. Nem o chamado Ensino Obrigatório, nem o Conhecimento nos fez melhores ... O que, aqui, no "banco dos velhos", polvilhado de juventude, o que se palpita é que, da Democracia, o que Portugal ganhou foi pouco mais do que escrever isto e dizer com frequência o que Cambronne, general de Napoleão,  gritou: MERDA!


MACAU - Lojas de penhores ainda contornam regras de Pequim *


*NOTA M.A.: para quem não saiba, as lojas de penhores são, em Macau (ou eram quando, mais do que uma vez, estive no território), "grandes amigas" dos viciados dos casinos ...




by Ponto Final

"A rede da China UnionPay continua a ser usada para fintar regras de levantamentos de dinheiro por parte de turistas chineses. As conclusões são de uma investigação jornalística da agência Reuters.
Três dias depois das autoridades do território terem conduzido uma operação que resultou na detenção de 17 pessoas por suspeitas de burla através do sistema da China UnionPay, um jornalista da Reuters concluiu que nas lojas de penhores o negócio continua inalterado. De acordo com uma reportagem da agência noticiosa, ainda é possível contornar as regras de Pequim que estipulam que os turistas chineses que visitam o território não podem levantar mais de 20 mil yuan por dia – cerca de 24,3 mil patacas – através da rede UnionPay em Macau.
Um dos casos que a jornalista Farah Master relata num trabalho jornalístico publicado no fim-de-semana ocorreu nas imediações do casino Lisboa. Em menos de dez minutos três homens chineses levantaram 500 mil patacas numa das lojas de penhores, recorrendo a vários cartões da UnionPay e efectuando compras falsas em que o terminal assinalava a compra, mas que na verdade se tratava de um levantamento de dinheiro ilegal. Se os homens tivessem seguido as regras impostas pelo Governo Central, não poderiam ter na mão mais de 72,9 mil patacas em conjunto.
Ao todo, a jornalista da Reuters visitou na quinta-feira da semana passada 13 lojas de penhores e a maioria aceitou, sem reservas, participar no esquema: "Quatro não permitiram que se usassem cartões de crédito ou de débito para obter numerário, mas oito disseram aos clientes que poderiam levantar qualquer montante que desejassem desde que fossem os titulares da conta; uma das lojas disse que autorizava levantamentos até 50 mil yuan por cartão", escreveu Farah Master num artigo publicado no sábado passado.
A constatação materializa-se três dias depois de as autoridades de Macau terem detido 17 pessoas por burlas que lesaram a UnionPay em 710 mil patacas, de acordo com a Polícia Judiciária. Os detidos tratavam-se de quatro responsáveis de lojas de telemóveis e jóias, oito funcionários dos estabelecimentos visados pelas autoridades do território e cinco "bate-fichas" que ajudavam os jogadores a trocar as fichas dos casinos nas casas de penhores.
Neste caso, os terminais da UnionPay estava formatados para que – apesar de estarem fixados em Macau – os levantamentos fossem considerados como se tivessem sido feitos na China Continental, o que tornava a operação mais barata, dado que as comissões aplicadas do outro lado da fronteira são mais baixas (em vez de 0,05 por cento cobrado em Macau, pagavam uma comissão de apenas 0,025 por cento sobre as compras feitas).
Durante a operação, a Polícia Judiciária encontrou 11 terminais onde havia registos de levantamentos no valor de 355 milhões de patacas."

domingo, 30 de agosto de 2015

Com dedicatória: para a Fátima e o Miguel, interpretes do Belo


Santo António dos Cavaleiros: painel novo de memória antiga

























































































Este painel (fotografia M.A.) que, mesmo condominamente aceite por toda a gente, não teve, até aqui, existência fácil (só a Viúva Lamego, mestra nestas artes, terá levado dois/três anos a produzi-lo ...), mas já está, algures, AQUI, no local onde deve estar,
na hoje vila de Santo António dos Cavaleiros, qual memória do TEMPO ZERO,
ainda com a paisagem a cheirar a estrume e betão...

Senhora Presidente da autarquia, apareça: este painel é NOSSO. Aqui fica,  mesmo sem a moldura simples que, para ele, foi encomendada
.

MACAU - Os turistas portugueses estão a permanecer mais tempo em Macau







by
 PONTO FINAL
"Macau está a ser um destino menos escolhido pelos portugueses para visitar do que no ano passado. Os que vêm, no entanto, estão a ficar por mais tempo. Pelo menos é o que mostram as estatísticas divulgadas pela Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), relativas ao mês de Julho.
De acordo com os dados divulgados pela DSEC, 801 turistas de Portugal visitaram Macau no mês passado, o que representa um decréscimo de 3,6 por cento, relativamente aos números registados em Julho de 2014. A média de permanência dos viajantes portugueses, no entanto, mais do que duplicou: 7,6 dias, ou seja, mais 105 por cento do que há um ano.
O aumento na média de permanência deve-se sobretudo ao crescimento do número de excursionistas (que não pernoitaram no destino): mais 39,4 por cento, para 276.
Em termos de tempo total de permanência, os portugueses foram os visitantes que no mês de Julho permaneceram mais dias em Macau, superando os seis mil – um aumento de 109 por cento.
Entre os mercados de longa distância, a tendência para um menor número de visitantes em Julho não se limitou a Portugal. Os 19 mil visitantes que chegaram de toda a Europa representam menos 4,2 por cento do que no mês homólogo do ano anterior. As excepções foram Espanha (mais 7,3 por cento, para 694) e França (mais 8,1 por cento, para 3100).
Em termos totais, o número de visitantes que entraram em Macau de Janeiro a Julho deste ano ultrapassou os 17,4 milhões, o que ainda assim fica 3,5 por cento abaixo dos números registados nos primeiros sete meses de 2014. A queda fica a dever-se sobretudo ao menor número de turistas oriundos da China Continental, que representam ainda assim a larga maioria dos visitantes que escolhem Macau como destino de lazer."

LUANDA, HOJE - vista, em Lisboa, sem medos ...


26º aniversário da Freguesia de Santo António dos Cavaleiros (agora também de Frielas)

Há obra feita, por isso festejemo-la antes que comecem as campanhas eleitorais, que estragam tudo: desUNEM O POVO unido, de fato e de facto.













































sábado, 29 de agosto de 2015

Anda por aí muito/a Vesúvio/a ...


Embora não seja normal "quando um burro dá um coice, cortar-lhe a perna", a verdade é que, não foi sem algum receio que, ainda não há muitos anos, estive na Nápoles das paisagens inesquecíveis (Vesúvio adormecido ...), em Itália, e ... e não me foi lá possível usufruir, por exemplo, da tranquilidade paga (bem paga) e desejada. Cito "isto" para ...

... mas não vale a pena, não é necessário, entretanto, irmos a Itália, ou, no caso, a Nápoles, para certos desconfortos serem sentidos ... Basta viver o Portugal d´hoje. Com uma diferença importante, apesar de tudo: ainda não temos sequer, penso, a fama de um Vesúvio ensonado ... Entretanto (vamos ao que interessa), não perde quem o retenha na memória, numa altura em que anda por aí muito aldrabão (e aldrabona) à solta... E que pode "soltar-se", qual vulcão italiano (agora "posto em descanso"), quando menos se espera ... Passa por mim no Rossio e, por exemplo, logo verás.

Mas há mais, muito mais (a dois passos de ti, quem sabe?!...) Vesúvios por aí. Espreita-lhe as hipóteses de lavas ... E vive, no mínimo, de extintor à mão ... Quem t'avisa ...

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

No prédio do ex-Governo Civil de Lisboa nada se perdeu*

* ... há agora uma nova exposição permanente de ARTE CONTEMPORÂNEA, que, no Porto, em Serralves, "sobrava". Boa ideia: afinal, na Lusitânia, também nada se perde, tudo se transforma ... Desta vez, no antigo edifício do Governo Civil de Lisboa, a dois passos do Chiado ...















































































































RUY CINATTI, memória da sua presença nos corredores do JORNAL NOVO, em Lisboa














Quando o amor morrer dentro de ti, 
Caminha para o alto onde haja espaço, 
E com o silêncio outrora pressentido 
Molda em duas colunas os teus braços. 
Relembra a confusão dos pensamentos, 
E neles ateia o fogo adormecido 
Que uma vez, sonho de amor, teu peito ferido 
Espalhou generoso aos quatro ventos. 
Aos que passarem dá-lhes o abrigo 
E o nocturno calor que se debruça 
Sobre as faces brilhantes de soluços. 
E se ninguém vier, ergue o sudário 
Que mil saudosas lágrimas velaram; 
Desfralda na tua alma o inventário 
Do templo onde a vida ora de bruços 
A Deus e aos sonhos que gelaram

Dominguizo - Aldeia serrana: MOMENTOS


O outro lado das redes sociais

É uma crítica, um desafio, uma desconfiança - é o que se quiser, até uma carapuça para muitos dos que, quase diariamente, nos convidam, por certo, em boa parte, cheios de boas intenções, mas, na prática, a verdade é esta:

os FACEBOOKs existentes, por exemplo, fingem que aproximam, mas, quando chega a hora de passarem do virtual ao concreto, não raro, FALHAM... Podem limpar consciências, fazerem primeiras aproximações consideradas quase impossíveis, mas debatem-se com um grande e humano obstáculo: a frequente mentira do virtual, que adia, adia, adia o que são/eram os abraços de carne e osso.

Não é que, pessoalmente, tenha grande razão de queixa, mas a verdade é que, nunca como agora, senti a quase afronta ao que, às vezes, na pré-história destas novas invenções de gabinete, sinto - arrisco: sentimos.

Criam-se grupos de amigos AQUI, mostram-se fotografias do passado, "fala-se" de A ou B, do momento X ou Y, mas, em boa parte dos casos, passaram a preferir-se as pantufas aos encontros de carne e osso. Criam-se, inclusivé, grupos disto e daquilo que trocam AQUI fotografias e ideias, mas não fecundam NADA ... Nem o tu-cá-tu-lá que enchia esplanadas e encontros para rever sorrisos ou rugas sem eles, os sorrisos.

Pode, entretanto, estar acontecer (lado positivo das coisas negativas) é que, por força das ditas redes sociais, estejamos numa nova fase do "engate" reprodutor ...
que termina, como ainda parece ter que ser com a presença sexual dos facebookanos "apaixonados" - por esta via exclusiva. A verdade, no entanto, é que, os sociólogos dirão porquê, estão cada vez mais a verificar-se uniões de fatos, em vez de uniões de FACTO.Gerando uma eventual vaga de filhos do FACEBOOK - sem alma, mas muita conversa VIRTUAL.

E disse. AQUI ... como se fosse ali e acolá. Basta ler jornais para o saber.

quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Foto M.P: olhos competentes, máquina disciplinada

* a partir de uma cópia, publicada por I.A., no FACEBOOK

Foto de jardim - "à la minute"

Uma verdade de La Palice: ás vezes, estou no que escrevo, mas, não se enganem, nem sempre. Às vezes, sinto-me tomado pela fantasia e sou, interpreto, imagino-me a interpretar, a criança que já não sou; outras, o mais velho que espero vir a ser. Em tudo, há apenas uma constante: SOU. Não me escondo e quem, por razões várias, diz não me encontrar, MENTE: estou aqui. Não, como é natural, numa única e simples "conversa", mas ESTOU - mais palrador do que ouvinte, mas nisso o eventual defeito não é meu, é de quem não dá sinais de vida pelo meio mais simples que é a fala, a palavra.

Ninguém é obrigado a nada e muito menos a discursos grandiloquentes, fora de propósito, mas pode participar, dizer, falar (mesmo que seja analfabeto, basta que tenha ideias e diga a outro/a que as escreva ...). Uma coisa é certa, ao fim destas quase 800 "conversas" para o éter: a audiência anónima, pelo menos, coloca-me naquela posição que assumem alguns "oradores" que, na rua, em Londres, por exemplo, saltam para cima de um qualquer banco e desatam a discursar para quem passa ...

E eu, como nisso vejo poesia, inventei isto e ando por aí a dizer coisas que (milagre!) são lidas - uma mais, outras menos.

Depende: PORNOGRAFIA, ou cheiro à sua subliminar presença, é dinheiro em caixa;

POLÍTICA, depende de que aqui se disser MAL, directa ou indirectamente, que os Zés do mundo gostam "à brava" disso: eventuais ESCÂNDALOS é aplauso garantido.

Em suma, na ruadojardim7, ao fim de vai para seis anos de publicação, você conhece-me, mas, com a sua licença, eu também o conheço a você - só que não consigo ser, em Roma, sempre romano, como conviria às suas eventuais convicções políticas, culturais e/ou conjunturais.

Pode faltar-me o chamado bom gosto, mas, de certeza, não tem faltado a verdade, a MINHA VERDADE: não sou filiado em nenhum partido político, não frequento (talvez erradamente) sessões de esclarecimento, as únicas marchas que me apetecem são as dos Santos Populares, em Lisboa. Mas voto, voto, sim senhor - em quem eu quero, mas "nem às paredes confesso"... Entretanto, escrevo, escrevo de pé ou sentado - na esperança, eventualmente quixotesca, de chegar a alguém com o que digo - e que "passe a palavra", sem que eu lho peça.

Uma coisa sei: "descobri" que um banco de jardim (se fosse, então, como uns, enormes, que encontrei quase do outro lado do mundo ...) é uma "bancada parlamentar" básica, quiçá, de todas, a mais básica ... Tão básica, que se "arrisca" a deixar-me, a mim, sozinho, a "deitar as canas e a apanhar os foguetes ..."

Fique(m) bem!

Antologia da gente que passa (11) - SONETO *












* in As Luzes de Leonor de Maria Teresa Horta

Feito ao pé de uma oliveira, na cerca

Que me falta? A vida me sobeja,
Obséquios da fortuna não espero,
Nem riquezas, nem gostos eu já quero,
Nem quanto pelo mundo se deseja.

Vive o homem feliz, não tenho inveja,
Se desgraçado, não me desespero,
E em quanto no mundo considero
Sempre indiferente estou, seja ou não seja.

De glórias e paixões o peito isento,
Não sinto prazer, nem pena intensa,
Que mais tarde ou mais cedo as leve o vento.

Nem disto quero outra recompensa
Que o conservar-me o céu o pobre alento,
Pois com ele conservo esta indiferença.

MACAU: Se a pataca desaparecer, uma parte significativa da identidade de Macau vai perder-se"



by Ponto Final
Paul Spooner, professor na Universidade de São José, publicou um artigo académico sobre o futuro da pataca e sugere: a moeda local pode ser usada para reforçar as relações entre Macau e os países lusófonos.
Patrícia Silva Alves
"É um detalhe, mas diz bastante sobre a forma como a pataca é vista fora de Macau. "Quando entramos num ferry da Shun Tak, que é administrada pela família [de Stanley] Ho, não é possível pagar com patacas. Nem no ferry [que sai e entra em Macau]! Isso não faz sentido!".
A exclamação e a observação são de Paul Spooner, professor da faculdade de gestão da Universidade de São José e autor do artigo académico "Macau's Pataca and Identity" ("A Pataca de Macau e Identidade"), que vai ser publicado na revista Asian Education and Development Studies, em Outubro.
E por que razão é importante este exemplo? Paul Spooner explica: "Isto demonstra que é possível fazerem-se pequenas coisas para reforçar o papel da pataca na economia [tais como permitir que a moeda seja facilmente aceite em outros locais que não a RAEM]." Só falta vontade, sustenta o académico. Aliás, Spooner defende que se deve também reforçar o papel da pataca em Macau, onde a moeda local tem sido relegada para segundo plano, já que os dois dos maiores motores da economia local - o jogo e o imobiliário - são denominados em dólares de Hong Kong.
"[Atendendo à prosperidade alcançada por Macau nos últimos anos] é possível olhar-se para a pataca e pensarmos: O que queremos fazer com esta capacidade? Manter o que somos? Ou estender as nossas relações sob a égide das prioridades da China?", questiona-se ao PONTO FINAL, alertando que se tudo se mantiver como agora, a pataca corre o risco de desaparecer.
"Numa altura em que a região do Delta do Rio das Pérolas cresce e se consolida, a pataca poderá ser retirada em favor do renminbi, do dólar de Hong Kong ou de outra moeda que ligue Macau e Hong Kong com outras cidades clones, como Zhuhai e Shenzhen", escreveu Spooner no seu artigo. O académico complementou, em declarações ao PONTO FINAL: "Por defeito, se não for feito nada, o que vai acontecer é o primeiro cenário que tracei [em que a pataca desaparece]", afirma.
No entanto, esta opção não é benéfica para nenhuma das partes. A começar pela RAEM. "Se a pataca desaparecer uma parte significativa da identidade própria de Macau, será perdida", afirma. E acrescenta: "A contribuição das duas Regiões Administrativas Especiais para o desenvolvimento económico da China é simbolizada pelas suas moedas."
É que o facto de Macau e Hong Kong terem moedas próprias e estarem à porta da China, também ajudou o Continente: "Se a pataca e o dólar de Hong Kong tivessem sido indexados ao yuan ao invés do dólar norte-americano em meados dos anos 90, o impacto duplo de transferência de empregos na indústria para a China e o incremento do poder de compra em Hong Kong e Macau poderiam não ter sido tão bem sucedidos", estima Spooner, acrescentando que a existência de duas moedas distintas ajudou a dar impulso ao crescimento da província de Guangdong, um dos motores do crescimento chinês.
Assim, o que se pode fazer para mudar o papel da pataca? "As autoridades de Macau podem tomar pequenos passos. Primeiro precisariam de um think tank para os ajudar a avaliar onde querem ir com a pataca. É preciso ter uma discussão muito racional sobre o que a pataca poderá ser no futuro", assinala Spooner.
Um segundo aspecto passa por reforçar a importância da pataca a nível regional: "Podia-se começar a exigir aos bancos e empresas que lidam com a pataca para a aceitarem também em Hong Kong ou em Guangdong, de forma a tornar a pataca convertível. Quem sai de Macau neste momento com patacas tem uma grande dificuldade em encontrar sítios onde a possam usar", aponta.
E no futuro, Macau poderia até pensar num cenário mais ambicioso.
Tornar a pataca mais lusófona 
No final do seu artigo, Paul Spooner aponta três cenários para a pataca: um primeiro em que a moeda local dará lugar a uma outra, que tanto poderia ser o yuan como o dólar de Hong Kong; um segundo em que tudo se manterá até que termine o período de transição, em 2049, altura em que se decidirá o que fazer; e um terceiro em que a pataca poderá fazer a ligação efectiva entre Macau e os países de língua portuguesa.
"À medida que as economias de Macau e da China continuam a crescer, a pataca pode tornar-se numa importante força para uma maior coesão e identidade entre um selecto número de países membros da comunidade lusófona", escreveu Spooner, exemplificando que os investimentos, por exemplo, no mercado imobiliário, poderiam ser feitos em patacas.
E por isso conclui: "Estas alterações seriam, claro, um passo gigantesco em relação à posição que a pataca tem hoje, como enteada do dólar de Hong Kong e o seu sistema bancário ser a extensão do sistema do Continente. A economia de Macau e a sua sociedade já fizeram, no entanto, grandes avanços com a abertura da concessão do jogo em apenas dez anos."

Hoje começo o dia no Convento e talvez passe pelo Saramago ...

Excelente fotografia. Obrigado I.A.!

"Era uma vez um rei que fez  promessa de levantar um convento em Mafra.
Era uma vez a gente que construiu esse convento.
Era uma vez um soldado maneta e uma mulher que tinha poderes.
Era uma vez um padre que queria voar e morreu doido.
Era uma vez."









quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Nós e os nús em Londres - 1971. Boa noite, bom dia (?), Halina!

in Wikipédia *
"Hair: The American Tribal Love-Rock Musical é um rock-musical escrito por James Rado e Gerome Ragni, também autores das letras das músicas criadas por Galt MacDermot. Produto da contra-cultura hippie e da revolução sexual dos anos 60, muitas de suas canções tornaram-se hinos dos movimentos populares anti-Guerra do Vietname nos Estados Unidos.
profanação de valores embutida no musical, sua descrição do uso de drogas ilegais, tratamento da sexualidade, irreverência pela bandeira nacional e uma cena de nu explícito, causaram enorme controvérsia (...)" 

* Estamos em 1971 e viagem desejada era Londres e ... e Londres também teatro. É então que uma minha colaboradora, que tinha vivido na capital britânica, me sugere que não deixe de ir ver o HAIR, mas que vá preparado para o nú total ... Disse que sim e lá fui com minha mulher. Achámos piada à ousadia, ousadia para os lusos olhos de então, claro. Mas nunca mais esqueci, esquecemos, as recomendações da Halina, que "desapareceu", pouco tempo depois do nosso regresso a Lisboa, mas é hoje também razão desta breve nota de jardim. Para que, também aqui, tudo se veja ... Até a saudade.

TROCA DE GALHARDETES (5): Tchaikovsky no Hadassah Hospital


Velhas notícias que a História fixou (JORNAL NOVO) - 31

"Os Partidos Políticos vão acabar?"

Actualize-se a pergunta hoje-2015:
DAVA JEITO?...

Confissão a propósito das notícias que chegam de Macau (ler PONTO FINAL)

Caras/caros  (Companheiras/Companheiros, 

abolida que parece estar no vocabulário, e na prática, a palavra CAMARADA, sejamos francos: estou a ficar baralhado, sobretudo, com a notícia que diz estar a economia CHINESA (oficialmente, comunista, ao que se lia por aí ...) com as mesmas dificuldades que as dos países declaradamente capitalistas. 


Por exemplo, recebi, esta manhã, notícias de Macau (ex-capitalista) a dizerem que, por lá, do ponto de vista do capital, as coisas estão a piorar ... É horrível ler isto, como, aliás, já tinha lido há dias também, a respeito dos amigos da NATA, perdão, da NATO. 


Realmente, sinto que, por razões que a minha lusa formação doméstica não atinge, a imagem que s'me está a impor é a seguinte:


Lenine de braço dado com o Tio Sam; Mao Tsé-Tung a jantar com Salazar; NATO sem nata; Pacto de Varsóvia a chamar-se Acordo de Pacóvia e coisas, diria (ditas) sem sentido, até este, quase súbito, casamento de misérias em que o mundo passou a viver ou a dizer que vive. 


Há, imagine-se, quem fale em economias abertas, tendo-as como inevitáveis, mas quem vive dos parcos rendimentos, aqui no banco, está em pânico com receio de que, de repente, fiquemos, realmente, todos iguais e, cada um à sua maneira, na prática, (re)capitalistas até às costuras - acabando com os grandes e profundos temas principais das conversas no jardim, por exemplo. O mundo está difícil. Releiam-se, também por exemplo, as notícias que hoje copiei de um jornal de Macau ... E digam-me depois.


Há uma coisa que eu sei e me é particularmente agradável: tendo notado algum afastamento de certos ouvintes/leitores/interlocutores do que, aqui, se tenta repercutir, parece chegado o momento de fazer chegar, Urbi et Orbi, uma "máxima" (salazarenta?) que sugeria OS QUE PODEM AOS QUE PRECISAM aplicável a quantos deixaram de me honrar com a sua assídua presença. 


São poucos - mas, em nome dos novos tempos, quero-os, desejo-os a todos - como os chineses agora passaram a gostar de Nova Iorque e Londres e os do Fidel desataram a beijar os do Obama.


A sensação que fica é a de que AGORA, com ou sem o Papa Francisco, a frente é outra, a estratégia é outra: evitar os que estão para lá do arame farpado e que dizem ter fome ... É a vida - que "é feita de mudança..." e ... e f.p. - como nenhum livro dito sagrado explicita.Nem o de MAO, de que tanto se chegou a falar.


Pedem-nos para eleger ... Eleger quem?... O quê?...

"Macau em suspenso com a economia chinesa"


 Screen Shot 2015-08-26 at 11.36.52 AMAinda é cedo para saber até que ponto a actual crise bolsista chinesa poderá afectar a economia de Macau. Maiores preocupações são colocadas pelo estado de saúde da economia real e pelas decisões políticas de Pequim nos próximos tempos, segundo economistas ouvidos pelo PONTO FINAL. Seja como for, parece que vêm aí tempos difíceis.
Rodrigo de Matos
"Macau está particularmente vulnerável a uma eventual crise em larga escala na China. Se a turbulência nos mercados financeiros vivida nos últimos dias se vier a revelar como um sintoma de uma enfermidade económica mais profunda, então as Regiões Administrativas Especiais, sobretudo a de Macau, têm mesmo razão para preocupações, acreditam os economistas.
A seriedade da situação fez com que, em Macau, o Gabinete do secretário para a Economia e Finanças se visse forçado a pronunciar-se ontem sobre os últimos acontecimentos, num comunicado em que admite preocupação com o que se passa nos mercados financeiros do exterior. O gabinete garante, contudo, que o impacto directo na economia de Macau “será limitado”.
Os economistas, por sua vez, vêm com menos optimismo os sinais vindos do outro lado da fronteira. Para já, a desvalorização forçada do yuan e uma série de indicadores, como o da actividade industrial, que atingiu o ponto mais baixo desde 2009, têm contribuído para acentuar a apreensão. “A crise nos mercados financeiros chineses é resultado da perda de confiança dos investidores na capacidade das autoridades em estabilizar a economia. Revelam uma grande insegurança”, explicou o economista José Isaac Duarte.
Se, na sequência disso, houver um movimento de capitais da China para o exterior, Macau e Hong Kong até poderão beneficiar num primeiro momento, com a entrada de algum investimento chinês. Mas se isto se vier a confirmar como um sinal de que a economia chinesa está mesmo a perder fulgor, então a repercussão vai ser claramente negativa, particularmente para Macau, onde as indústrias do turismo e dos casinos serão as primeiras a sentir o impacto, alerta o economista. “Repare que a indústria dos casinos tem vivido da exuberância da economia chinesa. A partir do momento que essa economia passa a ser menos exuberante, é natural que as consequências sejam acentuadas”, explicou, em declarações ao PONTO FINAL. “Toda a gente tem de estar preocupada com o que se passa na economia chinesa, não só em Macau, como no resto do mundo”, concluiu.
Macau vai passar período difícil
Para Steve Vickers, fundador e director executivo da Steve Vickers & Associates (SVA), de Hong Kong, uma economia com as características da de Macau é “particularmente vulnerável, não tanto às flutuações dos mercados bolsistas, mas a decisões políticas como as recentes investidas administrativas contra a lavagem de dinheiro, que vão ter um grande impacto em Macau, nomeadamente no mercado do jogo”. Em declarações ao PONTO FINAL, o responsável da empresa de consultadoria especializada em risco político e corporativo, prevê tempos difíceis para Macau no curto prazo.
“Nos próximos tempos, vai haver mais junkets [promotores de jogo] a abrir falência e, em última instância, algumas das actuais concessionárias de casinos, que privilegiam o negócio do jogo VIP, poderão mesmo ver-se forçadas a fazer mudanças estruturais profundas, sob pena de terem de deixar Macau. No curto prazo, a situação vai ser complicada”, prevê Vickers, menos pessimista ao olhar mais para a frente, quando Macau tiver feito a transição do actual paradigma, demasiado basiado nos casinos, para uma economia mais diversificada: “No longo prazo, tudo irá melhorar. Todas as revoluções são dolorosas”.
Tempos difíceis no curto prazo e recuperação lenta no futuro é o que prevêem também outros analistas, como Cameron McKnight, da Wells Fargo. Para o especialista, o mercado do jogo em Macau está a ajustar-se a um “novo normal” que inclui uma supervisão governamental mais apertada, sinais tangíveis de fraqueza da economia chinesa e uma recuperação que deverá ser menos acentuada do que em retomas anteriores. “Continuamos a acreditar que as receitas de Macau vão estar sujeitas a pressões este ano, seguidas de uma estabilização a dada altura. Quando isso acontecer e o crescimento for retomado, acreditamos firmemente que não iremos assistir a outra recuperação em ‘V’”, explicou, citado pelo site GGRAsia.
Crise global à porta ou apenas um grande susto?
Os mercados de acções da China caíram abruptamente nas últimas semanas, apesar das medidas anunciadas por parte de Pequim destinadas a acalmar o nervosismo dos investidores e amparar a confiança global na economia em desaceleração do país.
Porque caíram as bolsas chinesas?
Até meados de Junho, as acções na China tinham valorizado 150 por cento, com investidores individuais a acorrerem famintos a um mercado em franca ascensão, muitas vezes assumindo pesados empréstimos para o fazer. Mas os alarmes soaram quando começaram a surgir avisos de que as acções estariam sobrevalorizadas e sinais de abrandamento económico. Até que as acções atingiram o seu pico dos últimos sete anos, criando um tremendo impasse.
Na sequência do mergulho de anteontem, apelidado de “Segunda-feira Negra”, os mercados financeiros da China acabaram por perder tudo o que haviam ganhado durante o ano até então.
E a decisão de desvalorizar o yuan este mês apenas serviu para intensificar ainda mais as preocupações com a segunda maior economia do mundo, que continua a dar mostras de perda de fulgor: na semana passada, o indicador de actividade industrial na China atingiu o ponto mais baixo desde 2009.
Terça-feira quase tão negra como a segunda em Xangai
Ontem ainda se sentiram algumas réplicas do forte sismo bolsista de anteontem em Xangai. No dia seguinte à dramática queda de 8,49 por cento no índice composto da principal praça da China – a maior queda em oito anos – a sessão de ontem encerrou com uma perda de 7,63 por cento, no quarto dia negativo consecutivo.
O índice da bolsa de Xangai fechou a recuar 244,94 unidades, cotando-se nos 2.964,97 pontos, ficando pela primeira vez desde Dezembro de 2014 abaixo da marca dos três mil pontos.
A bolsa de Shenzhen, a segunda da China, também fechou no “vermelho”, sofrendo um tombo de 7,09 por cento, para 1.749,07 pontos.
No Japão, o dia também foi de perdas, com a bolsa de Tóquio a encerrar a sessão de ontem em forte baixa, com o principal índice, o Nikkei, a perder 3,96 por cento para 733,98 unidades, cotando-se nos 17.806,70 pontos. Também o segundo indicador, o Topix, fechou a recuar 48,22 unidades (3,25 por cento), até aos 1.432,65 pontos.
Aqui ao lado, no entanto, Hong Kong remava contra a maré negativa, conseguindo fechar com um ligeiro ganho – 0,72 por cento – para o índice Hang Seng, que na véspera tinha perdido 5,17 pontos percentuais.
Vem aí mais uma crise global?
O mundo balançou em 2008 com o colapso do banco norte-americano Lehman Brothers. Os índices de virtualmente todas as praças mundiais foram atingidos pelos estilhaços. Em Nova Iorque, o Dow Jones baixou 4,4 por cento a 15 de Setembro, no dia em que o banco declarou falência iminente, e outros sete por cento no dia 29. Na China, anteontem a queda no índice composto de Xangai foi de 8,5 por cento, a maior desde Fevereiro de 2007.
Mas para alguns economistas, os paralelos ficam-se por aí. A turbulência nos mercados de acções parece colocar riscos limitados para a economia real chinesa e pouca razão para preocupação além-China.
"O pânico actual é essencialmente 'made in China'. Os dados recentes de outras grandes economias, incluindo EUA, Zona Euro e Japão, em geral têm sido bons”, considera Julian Jessop, economista da empresa britânica de investigação macroeconómica Capital Economics. “Más notícias da China à parte, há muito pouco a apoiar temores de uma grande recessão global", afirmou, citado pelo The Guardian.
Mas outros são menos optimistas. Há quem aponte para o facto de a desaceleração da economia chinesa ser apenas um dos muitos factores que estão a preocupar os investidores, a par de problemas políticos persistentes na Zona Euro, sinais de um crescimento global mais fraco, e vastas somas a fluírem para fora de mercados emergentes que apresentam fragilidades, como o Brasil. Além disso, os responsáveis que determinam as políticas parecem ter poucas ferramentas à disposição para inverter as tendências.
China corta nas taxas de juro em nova tentativa de estimular economia
A China voltou a cortar ontem nas taxas de juro – pela quinta vez em nove meses – num novo esforço para apoiar um crescimento económico que tem vindo a desacelerar.
Assim, a taxa de referência para um empréstimo de um ano será reduzida em 0,25 pontos percentuais para 4,6 por cento, enquanto a taxa de um ano para os depósitos cairá pela mesma margem para 1,75 por cento, anunciou o Banco Popular da China (banco central), que também aumentou o montante de dinheiro disponível para empréstimos, ao reduzir em meio ponto percentual as reservas mínimas obrigatórias para os bancos.
A medida já havia sido antecipada pelos analistas financeiros após as exportações, a actividade industrial e outros indicadores económicos terem enfraquecido para margens superiores ao esperado, noticiou a AP.
As exportações chinesas em Julho caíram por uma margem inesperadamente acentuada – 8,3 por cento – enquanto uma sondagem à actividade industrial deste mês apurou uma contracção maior do que a prevista.
Banco central injecta 180 mil milhões de patacas
Outra medida que era aguardada e foi confirmada ontem foi a injecção de 150 mil milhões de yuans (cerca de 180 mil milhões de patacas) no sistema financeiro do país para aumentar a sua liquidez.
A redução da liquidez verificada no mercado após a desvalorização do yuan foi a principal justificação da medida, apresentada no comunicado divulgado pela agência oficial de notícias Xinhua.
Trata-se da maior intervenção do banco central chinês no sistema financeiro do país entre as operações realizadas directamente no mercado desde Janeiro do ano passado, superando, por isso, a injecção de 145 mil milhões de patacas da semana passada. Também na semana passada, o banco central disponibilizou 130 mil milhões de patacas a 14 bancos através de serviços de empréstimos a médio prazo, com um prazo de seis meses.
Chinesas presentes em Portugal perdem 930 mil milhões
As empresas chinesas que nos últimos anos investiram em Portugal já perderam mais de 930 mil milhões de patacas em capital, na sequência do sismo bolsista que se seguiu à última desvalorização do yuan.
A Fosun (importante accionista da Fidelidade, Luz Saúde e REN) teve o pior desempenho em valores relativos, depreciando 29,8 por cento na bolsa de Hong Kong, um recuo equivalente a 43,2 mil milhões de patacas, passando a valer 86,3 mil milhões de patacas.
Em termos de valor absoluto, a maior perda entre as empresas chinesas presentes em Portugal foi a do banco ICBC – apesar de uma menor perda relativa (-12,15 por cento) perfez 475 mil milhões do total varrido da capitalização deste lote de empresas em Agosto.
No mesmo período, a Beijing Enterprises Water e o Banco da China registam perdas acima dos 12 por cento, noticiou o Diário Económico."

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Quando, em Paris (1963), após o trabalho, fui, com o sr. engenheiro, ver bailado

Foi assim: o sr. engenheiro gostava muito de bailado, não sei se pelo facto de ser casado com uma professora de dança, se porque sim ... Certo é que fomos a Paris, em serviço do Diário de Notícias, e o sr. engenheiro, quando soube que o bailado Giselle estava na OPERA, convidou-me a ir com ele, à noite, depois do trabalho, ver o espectáculo. 

E assim foi: fomos.

 Comprou dois bilhetes, um para as primeiras filas da sala, outro para um lugar que permitia ver o espectáculo noutro ângulo, a partir daquilo que, em Portugal, ainda não percebi bem porquê, se chama galinheiro. No final, trocámos impressões acerca do acabado de ver. Tínhamos, naturalmente, perspectivas diferentes, mas percebi que a minha, tendo sido muito mais em conta, poderia considerar-se muito melhor ... Não senti ter perdido nada, portanto. 

E ainda hoje acho isso, tanto mais que me acaba de enriquecer a conversa aqui num banco, que, sendo agradável observado ao pé, visto do zimbório da igreja da Estrela, faz parte da maravilha que é observar o que se passa de cima para baixo, não só no dito banco, mas no jardim todo - e em grande parte da cidade de Lisboa e arredores. Quase no mundo.

Curtas metragens e momentos inesquecíveis - em Viena: Palácio de SCHONBRUNN *

1978
* Onde, não havendo melhor solução visível, deixámos a merenda
no interior de um dos arbustos (para mulher, filha e eu), no amplo parque fronteiro ao Palácio,
donde NUNCA mais se sai ... E português não é rico para almoçar em palácios:
3 pessoas x 3 refeições = ???













































Criticos criticáveis ...

Não vale a pena iludir, a vida é assim e a CULTURA, se se tem, pratica-se, deve "servir" para alguma coisa ...

Num jornal, como fora dele, tudo acontece: a rapariga, crítica, em regime livre, dos espectáculos de ópera que, ao que julgo saber, ainda por aí anda, recebia, por exemplo, os convites do Teatro S. Carlos, em Lisboa, para as estreias das óperas que iam sendo representadas, mas, concretizada a primeira dessas críticas para que era paga, monopolizava as "borlas" amáveis PARA O MESMO ESPECTÁCULO nos dias seguintes - mas para os amigos EXTERNOS ...

Foi assim.Ainda é assim?








Jornal é um exemplar, nem sempre exemplar. Não há razão para disfarces ... Às vezes, "bem prega Frei Tomás ..." Há que sublinhá-lo, já agora - para que o que se lê e/ou vê não se pense realizado por santos ... Que o intróito dado é, apesar de tudo, dos benévolos ... Cá p'ra mim. Entretanto, o que é que se passará HOJE, por exemplo, escrevo eu, que sou "dono de um banco", com os temas políticos?... Sei, sei lá ... Amigos para as ocasiões há sempre ...

Carta para um sorriso ausente/presente

Às vezes, quando, se calhar, cansada de o ser, a Vida, apesar de nela muito ter viajado, se me me torna pesada, injusta e velhaca, ponho-me a pensar nos olhos de minha mãe, que quando, lar pago e emprestado à sua volta, passava, enganada, as semanas que o ano tem, e "ressuscito-a", feliz, talvez como nunca, por me rever, mais do que a partir de falas distantes, mitigantes, onde, mentindo-lhe, com piedade, foi posta em retiro - sem marido, sem família, ali ao lado, a dizer-lhe presente ...

E é no olhar do reencontro, qualquer que seja, que começa o abraço que não precisa de palavras.

Morreu - morreu para muitos, para muitos que a sabem à sua beira, mas dela só eu verdadeiramente sei, naquele que agora é o ossário onde, resto, está inteira com os olhos em mim - sobretudo como quando, já velha, no lar alheio, e pago, lhe levava, pelo telefone ou de viva voz, as palavras que nunca lhe deixei faltar.

Quantos lá foram porque os "obriguei", quantos, morta, quiseram vê-la para lavar a consciência de visitas não concretizadas, quando os sorrisos ainda eram possíveis e trocáveis.

Morreu, disseram-me pelo telefone. Fui vê-la e, quase por caridade, deixei que a olhassem os que quase nunca a tinham beijado, quando ela os podia ter visto. 

Foi, naturalmente, o derradeiro encontro e, esgotadas as afeições verdadeiras, ou de circunstância, mandei encerrar a urna em que, cuidadosos, a depositaram para evitar que injustos olhos e mentirosas lágrimas dela fingissem qualquer espécie de adeus meramente protocolar.

A vida é uma coisa séria, mas a morte também. E assim secaram, entretanto, carnes e se desfizeram ossos, ossos que "inauguraram" na aldeia espaço próprio, onde já não há, mas restam pedaços de saudade para os que a tiverem.

Repousa em paz, minha Mãe! Aí onde estás agora, ossos que foram suporte de sorrisos e lágrimas, revejo-te olhares enquanto olhar tiver. Mas sempre, como quero seja o caso, também logo me sinta cinza espalhada nos oceanos, com olhos e sorrisos do que aqueles que me ajudaram a SER - este que escreve aqui - quase como previsto e combinado, num banco de jardim, menos palpável que o papel em que vou deixar o essencial do que me disse a vida. Como o previsto pelas tuas palavras sabedoras, que, já velha, querias aprender a ler - para me ler para além do que já lias como as mães sabem, mal o aprendem na maternidade.

Macau: numa altura em que Stanley Ho era rei e senhor ...*

*Conheci-o em Macau ("província de Portugal"), no seu gabinete, onde recebeu (muito bem!)  uma equipa do vespertino lisboeta A TARDE, que o foi entrevistar. Era seu secretário José dos Santos Ferreira (ADÉ), que, hoje, o PARQUE DOS POETAS (em Oeiras-Portugal) consagra
                         Umas das lembranças pessoais de Stanley Ho à equipa de A TARDE



Li Ka-shing deixou de ser o chinês mais rico do mundo


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 Ponto Final
A lista de multi-milionários é agora encabeçada por Wang Jianlin, magnata do imobiliário no Continente chinês. David Chow aparece como o chinês mais rico a residir em Macau.
"Wang Jianlin, presidente do gigante imobiliário e de entretenimento Dalian Wanda Group, da China Continental, superou o empresário Li Ka-shing, de Hong Kong, e tornou-se o chinês mais rico do mundo, de acordo com a nova Lista de Milionários Hurun.
A fortuna de Wang aumentou mais de 50 por cento num ano, atingindo 260 mil milhões de renmimbis (o equivalente a 40,6 mil milhões de dólares norte-americanos) no início de Junho, noticiou o Instituto de Pesquisa Hurun em comunicado à imprensa.
O magnata de Hong Kong Li Ka-shing, de 87 anos, é agora o segundo chinês mais rico graças a uma fortuna de 200 mil milhões de renmimbis. Jack Ma, fundador e presidente do gigante da internet Alibaba, aparece como o terceiro mais rico, com uma fortuna avaliada em 165 mil milhões de renmimbis.
A lista inclui 1.577 multi-milionários de 18 países e regiões com um património mínimo de 2 mil milhões de renmimbis. Entre eles, 302 são de Kong Kong, Macau e Taiwan. A sua fortuna combinada subiu para 12,7 biliões de renmimbis, equivalente ao Produto Interno Bruto anual da Rússia.
Rupert Hoogewerf, presidente e analista-chefe do Relatório Hurun, comentou que a empresa começou a divulgar uma classificação dos chineses mais ricos do mundo em resposta à maior atenção global que recebem os empresários chineses. A Hurun publica a Lista de Milionários da China desde 1999.
Macau bem representado mas já sem Stanley Ho
A lista divulgada pela Hurun indica também que o imobiliário é a indústria que mais milionários é capaz de gerar, com 23 por cento do total, tendo desalojado a indústria de manufactura que surge agora em 2º lugar, com 18 por cento.
Em relação ao local de residência, a Hurun lista Pequim como a cidade com maior número de multi-milionários (181), seguida por Shenzen a uma razoável distância (111). Hong Kong já não faz melhor do que terceiro, com 99 residentes na lista dos chineses mais ricos do mundo.
Na lista, Macau aparece com três residentes – e David Chow (e família) é de todos o mais rico, com uma fortuna avaliada em 820 milhões de dólares americanos (qualquer coisa como 6,5 mil milhões de patacas), proveniente do sector do jogo e ligada ao grupo Macau Legend. Em termos globais, David Chow é apontado como o 625º chinês mais rico do mundo.
A seguir surge Chen Mingjin (em Macau melhor conhecido pelo seu nome em cantonês, Chan Meng-Kam), que aparece também entre os 1000 mais ricos chineses do mundo (973º). O património do patrão do grupo Golden Dragon, deputado à Assembleia Legislativa e membro do Conselho Executivo de Macau (para além do lugar que ocupa também no Conselho Consultivo Político do Povo Chinês), está estimado em 520 milhões de dólares americanos (4,16 mil milhões de patacas); a Hurun descreve-o como empresário com investimentos diversificados.
O ultimo residente de Macau, na óptica da Hurun, a entrar na lista é Ina Chan, vulgarmente conhecida como a terceira mulher de Stanley Ho, que aparece no 1204º lugar, com uma fortuna calculada em 410 milhões de dólares norte-americanos (3,28 mil milhões de patacas). Aqui a indústria a que surge associada é já o jogo, e a empresa a mesma Macau Legend de David Chow (segundo a Hurun, a cotação bolsista do grupo anadará pelos 24 mil milhões de patacas).
Graças às radicais alterações registadas nos últimos anos no universo empresarial de Stanley Ho, em que as suas posições accionistas foram cedidas a familiares e executivos do grupo, o velho magnata do jogo em Macau não surge já na lista dos chineses mais ricos do mundo. Em contrapartida, a sua filha Pansy Ho (Shun Tak/MGM) é 44ª, com uma fortuna de 6,6 mil milhões de dólares americanos (para cima de 50 mil milhões de patacas), e o seu filho Lawrence (Melco) é 87º, com 3,4 mil milhões de dólares (quase 30 mil milhões de patacas).
Ainda no mesmo universo ligado a Stanley Ho, Angela Leong – a sua quarta mulher – é a única que aparece ligada à SJM, a Sociedade de Jogos de Macau, situando-se no 243º lugar da lista, com uma fortuna de 1,8 mil milhões de dólares (ou cerca de 15 mil milhões de patacas).
Mas o chinês mais rico ligado ao jogo de Macau está ligado a outro grupo: a Galaxy Entertainment. Lui Che Woo, o veterano patrão da concessionária, quase entra no top ten (é 11º) com uma riqueza acumulada de 14,4 mil milhões de dólares, o que se traduz em qualquer coisa como 85,2 mil milhões de patacas.
Outro nome em foco: Cui Lijie, que se juntou ao grupo dos multi-milionários quando adquiriu um gigante de Hong Kong no sector da distribuição de produtos alimentares. Os investimentos que entretanto realizou no mercado de junkets associado aos casinos de Macau coloca-a agora em 405º lugar na lista da Hurun, com um património que rondará os 1,2 mil milhões de dólares (ou seja, perto dos 10 mil milhões de patacas)."

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