quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Macau: a população de HK reflecte acerca do pós-2017








by PONTO FINAL

O documento, não previsto nos passos oficiais para a reforma política, promete para breve o início da segunda consulta pública sobre o método de eleição do Chefe do Executivo.

O Governo de Hong Kong reflecte a Pequim que o modelo de eleição do próximo Chefe do Executivo da região, em 2017, por sufrágio universal, é “uma questão extremamente controversa”, mas assume que a aspiração dos cidadãos da RAEHK está em “comum” com os desígnios do Governo Central no que diz respeito às decisões adoptadas pelo Comité Permanente da Assembleia Popular Nacional (CPAPN) quanto à metodologia eleitoral. Pequim prescreve a pré-designação de dois a três candidatos por um comité, antes do voto popular.
“É aspiração comum das autoridades centrais, do Governo da RAEHK e da população de Hong Kong implementar o sufrágio universal para a eleição do Chefe do Executivo em 2017, em Hong Kong, tal como calendarizado em obediência estrita à Lei Básica e à Interpretação e Decisões do CPAPN”, defende a Administração vizinha num relatório ontem remetido ao Gabinete para os Assuntos de Macau e Hong Kong no Conselho de Estado sobre “a recente situação política e comunitária” da região.
A medida não está prevista nos “cinco passos” oficialmente previstos pelo Governo central para a alteração das regras eleitorais nas regiões administrativas especiais – aos quais também Macau se submeteu na reforma de 2012 – mas o Governo de Hong Kong afirma que pretende assim fazer chegar a Pequim “com objectividade e verdade” uma relação dos acontecimentos vividos na cidade durante o período entre 31 de Agosto e 15 de Dezembro do ano passado – desde a decisão do Comité Permanente até à desocupação das ruas tomadas pelo movimento de desobediência civil Occupy Central.
No documento, ontem publicado online, o Governo liderado por CY Leung fala em avançar “assim que for possível” com uma segunda ronda de consulta pública sobre o método de eleição do Chefe do Executivo em sufrágio universal e faz notar que Hong Kong é “uma sociedade pluralista”.
“O Governo da RAEHK deseja discutir com diferentes sectores da comunidade questões eleitorais, de uma forma racional e pragmática, e desenvolver em conjunto uma proposta justa, adequada, transparente e competitiva para a eleição do Chefe do Executivo por sufrágio universal”, indica a Administração vizinha, reiterando que vai procurar segurar uma maioria de dois terços do Conselho Legislativo de Hong Kong para a proposta alcançada.

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