Mensagens
Eram onze. Onze irmãos. Já tinham partido dez até anteontem. Em paz, quase todos. Ou todos, mesmo. Que deixaram descendência digna. Gente de trabalho, que do trabalho viveu. O que deixaram ainda hoje cheira a suor. E anda no ar a sua voz, o seu sorriso, a sua alegria, a sua fraternidade simples. Calejada. Há, na maioria dos casos, no campo, árvores que os conheceram, árvores que ficaram assim numa espécie de guarda de honra à beira dos caminhos por onde passaram. Há veredas com pegadas suas. Conhecem-se fontes e águas do Zêzere que os procuram por todo o lado, numa correria incessante. Andam por cima da aldeia nuvens brancas que mais parecem cavalos alados com gente bordada a prata e ouro, ouro do sol, todas as manhãs.
Partiu agora a 11ª. A que ficara, e era a mais nova. Infelizmente, sem descendentes. Não há quem a represente directamente nos que ficaram. Há sobrinhos. Que a viram sofrer de solidão.
A ela que era "a mais nova", quiçá, a mais bonita de todas.Terá ido hoje a enterrar. No meio de silêncios. Tinha ouros, sabe-se. Tinha casa, é público. Alguém se vai chegar, ou chegou, à frente, de certeza. É assim em todas as famílias.
Uns com lógica, outros com falta dela. Uns rezam, outros rezaram-lhe... É da vida. Mas, dizem, uns irão para o Paraíso, outros para o Tormento das Labaredas.
Uma coisa é certa, há, por cima das nuvens, onze irmãos, de mãos dadas, a olhar cá para baixo...
Fuja, se puder, quem estiver em pecado.
O que dirão, Deus o sabe.
Que fique a mensagem para todos: a arca tem pão para os bons. E sol, e lua, e flores do campo, e broa fresca. E, apesar de tudo, caminhos sem ervas daninhas. Para ti, e para ti, e para ti (e para ti também, se te redimires das tuas falhas).
Vale o sorriso de todos os de boa fé - que foram ou que ficaram. E perceberam tudo.
Porquê a NET hoje?-perguntar-se-á.
Porque na NET está o mundo. E o mundo é assim. Quando surge sem burcas.
Partiu agora a 11ª. A que ficara, e era a mais nova. Infelizmente, sem descendentes. Não há quem a represente directamente nos que ficaram. Há sobrinhos. Que a viram sofrer de solidão.
A ela que era "a mais nova", quiçá, a mais bonita de todas.Terá ido hoje a enterrar. No meio de silêncios. Tinha ouros, sabe-se. Tinha casa, é público. Alguém se vai chegar, ou chegou, à frente, de certeza. É assim em todas as famílias.
Uns com lógica, outros com falta dela. Uns rezam, outros rezaram-lhe... É da vida. Mas, dizem, uns irão para o Paraíso, outros para o Tormento das Labaredas.
Uma coisa é certa, há, por cima das nuvens, onze irmãos, de mãos dadas, a olhar cá para baixo...
Fuja, se puder, quem estiver em pecado.
O que dirão, Deus o sabe.
Que fique a mensagem para todos: a arca tem pão para os bons. E sol, e lua, e flores do campo, e broa fresca. E, apesar de tudo, caminhos sem ervas daninhas. Para ti, e para ti, e para ti (e para ti também, se te redimires das tuas falhas).
Vale o sorriso de todos os de boa fé - que foram ou que ficaram. E perceberam tudo.
Porquê a NET hoje?-perguntar-se-á.
Porque na NET está o mundo. E o mundo é assim. Quando surge sem burcas.
Cheguei à pouco,lá partiu a mais nova de uma prol de 11 irmãos.Mais um ciclo que se fechou. Estou triste...Muito triste.... Pairava no ar silencio, muito silencio.Parabens,cada vez a Rua do Jardim está mais rica. UM XI.
ResponderEliminarÉ anónimo o comentário, mas vem, de certeza, de alguém que escreve com o coração e descende de quem conhece o trabalho de sol-a-sol.Deixo-lhe, o meu bem-haja,à moda da Beira onde tudo aconteceu - e se encerrou o último capítulo de uma história de décadas. Décadas de fraternidade
ResponderEliminarque cabe aos que continuam - continuar...HONESTAMENTE.Um abraço.
É anónimo o comentário que aí fica. Mas, ou me engano muito, ou foi escrito com o coração por alguém que, na Cova da Beira, descende de mãos calejadas ao sol dos campos, onde se respirava a pureza das coisas.Bem-haja! Continuemos, HONESTAMENTE, como nos ensinaram.Paz à alma de Helena Lopes, que não conseguiu ser mãe - mas que o sonhou ser...Até ao fim.Um abraço.
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