domingo, 28 de fevereiro de 2010

Dos ossos


A "carne" que tenho para dar a quem abre este "blogue" é, sem sensacionalismos, a que se deixa ver... Mais comestível uma do que outra, mas é o que há... Com ou sem entrelinhas...

Contudo, carne sem osso, percebe-se mal... Portanto, tal como "não há bela sem senão", aí vai...

Joanesburgo

No dia da chegada, durante breve saída de reconhecimento à volta do edifício do Carlton Hotel, cujas traseiras dão (ou davam...Podem ter levado a Justiça para outro lado...) para o Supremo Tribunal de Justiça, três negros vindos estou para saber donde, quebram a quietude local, manietam-me com agressividade e fazem ouvir um "pedido" monocórdico: "money, money!..."

Um deles aperta-me o nó da gravata, tornando-o elegantíssimo e, logo de seguida, aponta-me uma faca ao pescoço, enquanto os outros dois, um de cada lado, tomam posse do meu relógio de pulso e dos "rands" para o essencial que levava comigo. Os óculos que, na "confusão", me haviam saltado da cara, dou com eles, mais tarde, arrumadíssimos, num dos bolsos do casaco.
E como é patente pelo presente "documento", não me mataram...
Praga
Depois de ter conhecido o "essencial" do centro de Praga, meti-me num carro eléctrico local para um dos extremos da cidade, a fim de visitar novo ponto de interesse. Entretanto, o eléctrico encheu-se de turistas como eu e de uma meia dúzia de jovens e bonitas ciganas.

Viajo de pé, enlatado, enquanto as ciganas, soube-o a seguir, se agacha e, no meio dos naturais apertões, leva-me do bolso da parte inferior das calças, entre os bolsos e os pés, a pequena, espalmada e única máquina fotográfica que levara de Lisboa...

Mas, que eu saiba, não tive a vida em risco...

No Rio de Janeiro

A caminho do Corcovado, entraram no autocarro dois cariocas que me entalaram contra o "balcão" do cobrador e me roubaram os poucos "cobres" que levava comigo...

E lá subi ao Redentor...

Nova Iorque

História já contada neste "blogue", no dia 13 de Janeiro de 2010.

Apenas o susto...

URSS - Moscovo

Um cidadão, perto de uma estação de metro existente junto ao Monumento ao Astronauta, tenta comprar-me um "t-shirt" com publicidade à Philips.

Foi a "resposta" a uma "provocação" política-económica...- confesso.

Kinshasa

Enquanto funcionários da nossa embaixada, à minha chegada ao aeroporto, me sugerem que "fique quieto", vejo a minha papelada andar de mão em mão e, de repente, sinto-me empurrado para um carro que dispara para o local de destino na capital zairense.

De fugir...

Dakar

A visita à capital senegalesa só foi possível graças à muitíssimo próxima presença permanente de um simpático funcionário superior da embaixada portuguesa.

O insólito acontece...

Lima

A saída do hotel só se me afigurou possível em condições de segurança mínima, com o apoio localmente solicitado, e obtido, de um funcionário superior do ministério dos Negócios Estrangeiros do Perú - que andava cheio de medo, percebi-lhe nas subtis recomendações que me foi fazendo durante o percurso a pé que fizemos juntos.

Caracas

Uma das viagens em serviço à capital venezuelana, que só foi possível graças ao apoio de dois guarda-costas dos serviços da presidência da República da Venezuela. Ler "post" de 19 de Novembro de 1909.

"Gente fina" é outra coisa...

Em suma, "não há bela sem senão"

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