segunda-feira, 19 de julho de 2010
No Jardim, ao sol
Quem me quiser ler tem que sentir-se a meu lado, neste banco de jardim onde, quase todos os dias, oiço o mundo e o retransmito tal qual o amo ou não. Como os pássaros, cada um com a sua voz (a propósito, o primeiro texto que me lembro de ter escrito, era miúdo, intitulava-se "Deixai cantar a passarada"...).
Eu sei que as pessoas que andam por aqui, na NET, estão sempre à espera do escândalo, da pouca vergonha, do insólito, do Sócrates agora, ou de outro que venha e não seja "da cor..." De uma maneira geral, adoram broncas, revelações "secretas", mexericos, merdelhices...
Pois, meus amigos, eu, embora alfacinha, chegada a oportunidade, tenho de tudo, como no Mercado do Bolhão. Com a diferença que o conto a partir do meu local de trabalho actual - um banco de jardim. Rodeado de pássaros e flores. Flores, em princípio, bem cheirosas e pássaros que fazem o que sabem...
Assim me tento dar a entender. Ao sol, faço saber...
Apareçam. Mas, vamos combinar: se não aparecerem, fica dito que deixo as minhas mensagens escritas nas margens do jornal (tenho dificuldade em me libertar deles...) que possa ter acabado de ler e que costumo pendurar, quando me venho embora, no galho de uma das árvores, mesmo atrás do banco verde... Verde, sim.Ao pé do coreto. Aquele às riscas feitas de tábuas... Isso, nesse!... A menos que prefiram que vos envie as minhas "novidades" por pombo correio... Também conheço vários...Diferentes daqueles que, noutros tempos, não gostavam de mim, claro,e de que me ri muito quando me mudei aqui para o jardim, já lá vai mais de uma década.Um dia hei-de mostra-vos a fotografia que tiraram à gargalhada que dei nessa altura.
Verdade!...
É tudo. Até breve!
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