1. A conclusão é tão fácil quanto preocupante: dos que tenho a jeito, não há nenhum manual "da especialidade" que, pelo menos, nos últimos cinquenta anos, não coloque Portugal, Espanha e Grécia (e, por vezes, Itália) na cauda do progresso económico europeu.
Isto é, pelos modos, somos todos potenciais Vesúvios de coisas boas, mas a Vontade, na nossa sina comum, está extinta... E não há "erupção" que nos valha - como nos Descobrimentos. Calhando, no que nos respeita, ainda não reparámos que, por exemplo, do outro lado do mar estão, por exemplo, os Estados Unidos...
2. Internamente, mas aproveitando a livre circulação europeia, temos, entretanto, uma solução individual que não se aconselha, mas que, em termos de sobrevivência, pode tornar-se "interessante"... E ela é: fazer dívidas em Alhos Vedros e, atingido o limiar do "impossível", aproveitar a abertura de fronteiras para ir fazer, por exemplo, calotes para Ciudad Rodrigo, que, esgotado, poderá forçar a ida para... Em desespero de causa, para os arredores de Atenas, onde, embora o golpe não deva ser um estranho, a coisa pode ainda funcionar, com a vantagem para nós, no caso, que contaríamos com o alibi da estranheza linguística (como é óbvio, não se sugere Itália para, de uma vez, afastar o fantasma das semelhanças verbais)...
Conclusão: com um pouco de imaginação e audácia é só, no caso português, reler Fernão Mendes Pinto e...e já está...
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