Foi António Valdemar que me apresentou ao Prof. Agostinho da Silva: " ... dá três toques (?) na campainha da rua que alguém te abre a porta... Vai aparecer a vizinha, que tem a chave da casa do Prof. Agostinho da Silva. A senha são os toques ... É na rua do Abarracamento de Peniche, ali ao Principe Real, em Lisboa ..."
"Ok! Obrigadíssimo! Um abraço."
Fui. Procedi em conformidade com "os códigos" e ... e, de repente, com simplicidade, Agostinho da Silva - e os seus gatos-pisa-papéis, que se roçavam por onde lhes apetecia. À volta, a casa repleta de papéis com ideias soltas ... que juntas, todos o sabem, definiam um perfil ("Eu não sei se morro, só vejo morrer os outros ...").
Do muito que disse, escreveu e ensinou, frases a desenvolver numa Enciclopédia Agostinho da Silva:
"Temos de esculpir a nossa estátua e a crítica dos que passam na oficina e a vêem ainda informe não nos pode interessar; no fim se verá quem tem razão."
"É no meu cavalo que tenho de fortalecer as mãos e os joelhos; a pé e fraco, não tenho autoridade para criticar os que passam."
"Ao vermos os eixos partidos e as rodas deslocadas julgamos recuar; mas de facto avançamos, porque sabemos um pouco mais."
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