Namorar o Fado, namorar o Interior, à beira do Fado. Conviver Fado. Como ali fosse, por uma noite, Alfama ou Bairro Alto.
Sala cheia, mesas completas, luzes q.b., silêncio - para que se interiorize Fado.
Solta-se a guitarra, acorda a viola, ouve-se a voz para que se "vejam" as palavras que chegam da penumbra. Estamos na Beira Interior e assim chegámos ao interior de quem, no silêncio, também é FADO. Numa aldeia redescoberta para, numa noite, ser CASA, casa de fado. À luz das velas, quase em recolhimento.
Estou contente por te ver
E triste por te deixar
Choram-me os olhos da dor
Que sinto de tanto olhar
Sentir a dor que eles sentem
De tanto olhar sem razão
É sentir dentro do peito
O meu triste coração
Batendo tã velozmente
Em busca da liberdade
Que os meus olhos com razão
Já dizem sentir saudade
Saudade de que está perto
E p'ra quem os meus olhos olham
Sentem o perto tão longe
E é por ti que se molham
Juvenal
Dominguizo - SLA |
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