segunda-feira, 16 de julho de 2012

Ver para escrever (ou escrever para que se veja) II

O GRANDE BAZAR de Istambul: escrever para que se veja ... Oferecer 10 quando nos pedem 100 e ...  e esperar... Com ar zangado face à afronta do pedido. Abalar do "local do crime" com o semblante o mais seguro possível, mas sempre com o ouvido à escuta (olhos nas costas) para "ver" se o vendedor, lá atrás, já cedeu ... E ser capaz de repetir a cena até ao "preço justo", com a sensação antecipada, apesar de tudo, que, enquanto comprador, se vai sair do negócio um tanto aldrabado ... Mas feliz.


O Grande Bazar é um ringue de boxe, em que o visitante quase sempre perde, mas pode sair com a sensação de ter ganho ... Vale a pena a luta. É sempre um, ou vários episódios que alimentam posteriormente conversas à mesa do café, no regresso às origens.


"Tu nem calculas quanto me pediram ... Mas eu ..."






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